Artistas fazem intervenções de dança nas calçadas da cidade e interagem com o público

por Ex-alunos
Artistas fazem intervenções de dança nas calçadas da cidade e interagem com o público

O grupo  “quandonde intervenções  urbanas em arte” convida as pessoas a dançarem nas ruas de Curitiba, quem vem?

Bruna Martins Oliveira

Entre as calçadas de Curitiba, a arte respira e tem inspirado muita gente. Se você já se deparou com uma placa nomeada por “Espaço para dançar” provavelmente você participou de uma intervenção artística de um grupo que anda espalhando arte por aí.

Diego Baffi  e Juliana Liconti são membros do “quandonde intervenções  urbanas em arte” que está realizando  a ação “Es.Tra.DA II- ESpaços TRAnsitórios de Dança”, ideia que surgiu dentro da Faculdade de Artes do Paraná (FAP). O projeto teve início em Março deste ano, em pareceria com Juliana Adur, membro do Investigação do Movimento Particular (IMP), o qual está sediado no Vila Arte Espaço de Dança.

Danças ocorrem na Praça Tiradentes
Foto: Bruna Martins

A dança ao ar livre é apenas uma das diversas intervenções realizadas pelo grupo, que originalmente se chama quandonde intervenções urbanas em arte e foi criado em Março de 2012. O principal objetivo é inundar de poesia o cotidiano.

Segundo Diego Baffi “o trabalho objetiva construir uma brecha espaço-temporal onde a possibilidade de dança possa bagunçar a hierarquia de uso do espaço funcionalista cotidiano”, explica.

O trabalho não possui um lugar fixo para acontecer, e o espaço das apresentações é uma estratégia para provocar o público. Além de Juliana Laconti o grupo  é composto por mais membros: Alyne Chagas, Bianca Guimarães, Caio Monczak, Cassiana Dos Reis Lopes, Gabriela D’Angelis e Sauane Buenos.

Reações do público

Surpresa, espanto, alegria, pavor. As reações do público são muito variadas, pois não é todo dia que alguém convida uma pessoa para dançar no meio da rua né? Para os interventores, os resultados incertos são esperados, já que é um propósito das intervenções.

Os dançarinos ainda contam que há pessoas que entram na brincadeira e outras ficam de fora, mas sempre curiosas. “Algumas pessoas dançam conosco, outras entram no quadrado como um espaço de visibilidade para outras ações. Há quem interaja de fora incentivando com frases, estimulando outras pessoas a entrar ou dançando, fotografando, filmando”.

Os artistas ressaltam que todas as interações do público são bem-vindas, e que é um ótimo incentivo para a apropriação poética e subjetiva do espaço público.

A estudante Carla Novaes foi uma das pessoas que ficaram surpresas. “Nunca vi algo assim, achei muito legal, é bom que as pessoas conheçam a dança”, afirma. Carla ainda diz que gosta de dança, mas é um pouco tímida: “Eu queria participar, mas tenho vergonha. Gosto de dança, já participei de um grupo no colégio”, completa.

Foto: Bruna Martins

Es.Tra.Da do Brasil e do mundo

Além da experiência na capital paranaense, o grupo de intervenções artísticas no meio urbano percorreu vários caminhos, da região metropolitana de Curitiba até os EUA.

Ao todo são 110 intervenções urbanas, distribuídas nas cidades de Curitiba, Colombo, Pinhais, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Guarapuava, Lapa e Boulder (CO, EUA). Além das danças (que preenchem 20% das atividades), houve  outras intervenções como ‘Fruições Afetivas na Cidade’, “Você Gostaria Dance With Me?”, “Wollt ihr dance comigo?”, “Dançando por partes” e claro ES.TRA.DA I – ESpaços TRAnsitórios de Dança.

Se você se interessou pelo trabalho destes artistas, não deixe de conferir um pouco mais no Youtube, onde o trabalho “Você gostaria Dance With Me?” está disponível.

Pessoas soltam o corpo e se divertem
Foto: Bruna Martins

Equipe: Bruna Martins, Caroline Paulart e Gilberto Stori Junior