Campanhas usam humor para conquistar o eleitor

por Ex-alunos
Campanhas usam humor para conquistar o eleitor

Comédia é um artifício muito usado ente os candidatos paranaenses

 Por Caroline Ribeiro, Felipa Pinheiro, Marcus Vitollo e Thais Cunha

Os políticos paranaenses não ficaram para trás e apostaram em nomes bizarros para conseguir votos nestas eleições. Exemplos são candidatos a deputado federal Tigrão (PV), Macaco Tião Maria (PHS) e Obama de Colombo, além do candidato a deputado estadual Branco do Perfume e do Enxoval (PSC).

Roberto Requião, concorrente à vaga do governo do estado, apelou para os jingles políticos. Com o mais conhecido, baseado no chavão do vídeo viral “Taca-le Pau”, a música tem como introdução a frase “Lá vem o Requião descendo o pau na corrupção, da-le 15 neles, Requião”. Ele ainda apresentou um vídeo também baseado em um vídeo viral, mas agora com emoticons.

Concorrendo a deputado federal pelo Paraná Natael de Freitas Junior utiliza o codinome Obama de Colombo em suas propagandas para chamar a atenção dos eleitores. Segundo Natanael, ele recebeu esse apelido de amigos e resolveu aderi-lo à sua propaganda. “Uma amiga começou a me chamar de Obama e acabou pegando, o pessoal do partido também aderiu, e todos começaram a me chamar de Obama Colombo”.

Foto: Felipa Pinheiro

Foto: Felipa Pinheiro

A assessora da Câmara Municipal de São José dos Pinhais Renata Teixeira Gomes fala que o intuito dessas propagandas é chamar a atenção de pessoas que não entendem quão séria é a escolha dos representantes políticos. “Além disso, muitos candidatos não têm capacidade política e intelectual para apresentar propostas coerentes, por isso também recorrem ao humor”, complementa Renata.

Na opinião da assessora, grande parte da população, infelizmente, não avalia os conhecimentos e propostas dos candidatos. “Existem aqueles que gostam de ver este ‘show’, ignorando a importância da qualidade de seus representantes no Executivo e Legislativo”.

Os auxiliares administrativos Patrick Melo, 20, e Willian Moura, 21, têm opiniões distintas a respeito desse assunto. Patrick afirma que votaria sem nenhum problema em um candidato de “bom humor” ou que possua nomes curiosos, “desde que suas propostas sejam boas e eu confie no que está dizendo, não vejo por que não votar”.

No entanto, para Willian esse tipo de atitude é um desrespeito à população “não consigo levar a sério um candidato que não leva a politica a sério”.