Conheça mais sobre a banda curitibana Angry Beavis

por Ex-alunos
Conheça mais sobre a banda curitibana Angry Beavis

Banda, de influência católica, aproveitou a Jornada Mundial da Juventude para divulgar seu trabalho. Lançamento do primeiro EP será durante a Festa da Luz

Gabriel Sawaf

Curitiba possui um bom cenário de bandas independentes que buscam o seu lugar ao sol e divulgam seus trabalhos por meio da internet – como já mostrado aqui no Portal Comunicare. Em meio a tantas bandas, uma tenta se destacar por meio de parcerias com renomados artistas no meio musical – como o guitarrista Xandão, da banda O Rappa, e a banda norte-americana NOFX, uma das maiores influências para o grupo.

Angry Beavis está no seu segundo ano de caminhada e, após vários obstáculos que surgiram pelo caminho, está para lançar o seu primeiro EP, “Resgatando a coerência”, no próximo dia 8 durante a tradicional Festa da Luz da capital paranaense.

A banda, que é formada pelos irmãos Paulo e Flavia Plombon (Vocal/Guitarra e Vocal/Baixo, respectivamente) e pelo baterista e amigo de infância de Paulo, Lucimar Costa, tem base na Igreja Católica. Paulo e Lucimar participaram de outra banda por mais de 10 anos, mas, em meio às dificuldades do ambiente, decidiram seguir pelo caminho musical fora da Igreja – sem deixar de lado a influência católica nas letras.

O vocalista Paulo Plombon recebeu a equipe do Portal Comunicare para falar um pouco mais sobre a banda e como anda a divulgação do trabalho.

Banda Angry Beavis durante a Jornada Mundial da JuventudeDa esquerda para a direita: Paulo, Flavia e Lucimar (Foto: Gabriel Sawaf)

Banda Angry Beavis durante a Jornada Mundial da Juventude
Da esquerda para a direita: Paulo, Flavia e Lucimar (Foto: Gabriel Sawaf)

PC: Como surgiu a ideia de começar com a banda?

Paulo: Eu e minha irmã já tocávamos juntos. Desde quando ela era pequena percebi que tinha um dom para a música e decidi investir nisto. E com o batera, eu tocava com ele na Igreja, começamos a fazer músicas mais de fora, mas também continuamos com a Igreja. Então juntamos tudo e surgiu o Angry Beavis.

PC: Qual a influência Católica na banda?

Paulo: Está na questão de incluir valores nas letras, isto vem da convivência familiar e da Igreja Católica. Em meio a tanto lixo musical existente hoje em dia, isso passa  a ser um ótimo diferencial para quem busca algo com conteúdo.

PC: Como a banda está ganhando espaço no meio musical?

Paulo: Conseguimos uns contatos muito fortes no meio musical. Dentre eles o Xandão, guitarrista da banda O Rappa, que ajudou a produzir uma das músicas do primeiro EP. No CD Demo já consta uma parceria com uma banda que é influência para o Angry Beavis, o NOFX. Duas das músicas do CD são de autoria do NOFX, e as outras seis são de autoria própria.

PC: Como está  a divulgação do trabalho?

Paulo: Um passo importante par a divulgação da banda foi a Jornada Mundial da Juventude, da qual nós, componentes da banda, participamos como peregrinos e vendemos 253 CD’s Demo para pessoas de várias partes do Brasil e do Mundo. Teve CD que foi para umas ilhas do Pacífico que a gente nem sabe o nome (risos). A banda também está nas redes sociais, onde precisamos aprimorar o trabalho, estamos no Facebook  e temos um canal no Youtube.

PC: Qual o retorno que o trabalho na Jornada está dando?

Paulo: Tivemos vários novos “likes” no Facebook, e algumas pessoas de outras cidades têm pedido CD’s Demo para vender para seus amigos.

PC: Qual a expectativa em relação ao primeiro EP?

Paulo: Como já tocamos muito tempo no meio católico, que é um meio muito difícil de se manter, aprendemos a não criar muitas expectativas em nenhum trabalho que fazemos. Mas isto não significa que não acreditamos em nosso projeto, em especial no EP, que demorou muito tempo para ser gravado e já está com data de lançamento marcada.

PC: Você mencionou que demorou para o EP ser gravado. Qual foi o motivo do atraso?

Paulo: Conseguimos gravar rápido da primeira vez, mas infelizmente tivemos que regravar tudo e foi ai que demorou porque bateu um desânimo. O motivo de termos que regravar tudo foi porque, quando o técnico do estúdio levou o notebook com a gravação e o HD externo com back up para mixar no estúdio de um amigo dele, foi surpreendido por um assaltante armado que levou todos os equipamentos com nossas gravações. É ou não é para esculachar? (risos). Agora já superamos esse trauma, mas na época foi muito tenso e deu vontade de desistir.

PC: Como a banda conseguiu superar esse momento de dificuldade?

Paulo: Ter conhecido os caras do NOFX foi algo que ajudou bastante, ainda mais quando o produtor do DVD deles pediu para a gente gravar as nossas versões, em ukulele, das músicas deles. Nessa fase a banda deu uma reagida. Em seguida surgiu a oportunidade de fazer o lançamento do EP na Festa da Luz, um grande evento da cidade.

PC: Quais os planos para o futuro?

Paulo: Investir na divulgação do EP, tocar em vários lugares diferentes e planejar a gravação do nosso primeiro disco na “gringa”. Já temos alguns contatos nos Estados Unidos que podem tornar isso realidade.