Crianças que praticam atividades físicas se inserem socialmente com mais facilidade

por Ex-alunos
Crianças que praticam atividades físicas se inserem socialmente com mais facilidade

Os benefícios psicossociais que envolvem a confiança, autoestima e socialização interferem na qualidade de vida dos praticantes


Monique Benoski

A expressão corporal e a musicalidade são muito importantes na educação infantil. Além de proporcionarem à criança oportunidades para reconhecer seu corpo, desenvolvem a descoberta de suas limitações espaciais, laterais e temporais.

A professora de ballet clássico, Isabela Mantoan, licenciada em Educação Física pela PUCPR, inicia as atividades com crianças desenvolvendo a flexibilidade. “A flexibilidade é muito importante para qualquer dança e para a saúde física de qualquer pessoa”, comentou Isabela.

Segundo a professora, crianças que praticam exercícios físicos são mais desenvoltas, seguras e possuem uma melhor auto aceitação. “Além disso, qualquer atividade que a criança faça e goste, desenvolve sua responsabilidade. Na dança, ela começa pelo uniforme, cabelos presos, horário de aulas, etc.”, completou.

Para a saúde, Isabela contou que as vantagens são muitas. “Posso citar o aumento da resistência cardiovascular, da flexibilidade, do tônus muscular”, afirmou. Ela disse que a dança também pode ajudar com problemas emocionais. “A dança é um trabalho em conjunto. A pessoa passa a perceber que é útil ao grupo, que faz coisas com o corpo que não sabia que era capaz. Mas se isso for mal trabalhado, pode ter um efeito contrário”, completou.

Durante os exercícios a criança cria ritmo e descobre as possibilidades de movimento do seu corpo
Foto: Monique Benoski

Isabela acrescentou que para crianças que não têm facilidade, ela sempre faz algo que chame a atenção para desenvolver o ritmo e a concentração, seja com músicas do seu gosto ou exercícios que a deixe segura. “É necessário programar aulas diferentes, pois essas crianças geralmente se dispersam se forem sempre iguais”, exemplificou.

Maria Clara Gibramt Cardoso, 10 anos, aluna da professora, começou a fazer ballet em 2009. Segundo a menina, a dança a ajudou a ser disciplinada e ter responsabilidade. “Eu danço porque gosto muito, me faz sentir bem”.

A enfermeira coordenadora de atendimento em saúde, Marcia Albino, mãe da Maria Clara, sempre a incentivou a fazer atividades extracurriculares. “Eu acredito que os pais precisam andar como os filhos querem. Eu procuro fazer o que a Maria Clara gosta. E falo para ela fazer ballet para se divertir, não porque precisa ser uma bailarina”, explicou.

Marcia comentou que vê nas crianças que praticam atividades como a dança uma significativa mudança no comportamento ao se portar em público, por exemplo. “O ballet é muito feminino, a Maria Clara tem uma postura toda graciosa, tem ritmo, coordenação e é muito disciplinada”, finalizou a mãe.