Equipe PUCPR de Robótica participa de campeonato em São Paulo

por Julius Nunes
Equipe PUCPR de Robótica participa de campeonato em São Paulo

Alunos de Engenharia representaram a instituição no Winter Challenge da Robocore

Sâmela Rodrigues

A equipe PUCPR participou da 10ª edição do campeonato de robótica Winter Challenge, nos dias 18, 19 e 20 do mês de julho, organizado pela Robocore. O evento reuniu mais de 90 equipes nacionais e internacionais de estudantes de engenharia para competições na área da robótica e foi realizado no Instituto Mauá de Tecnologia, na cidade de São Caetano do Sul.

O grupo da PUCPR é formado por cerca de 20 estudantes de engenharia, e desde que foi criado, há dez anos, já conquistou diversos títulos em campeonatos e eventos nacionais. Em 2013, a equipe conquistou o primeiro lugar no mesmo campeonato com uma de suas máquinas na categoria mais pesada, Middleweight, onde disputam robôs de até 54,4 kg. Neste ano, os robôs da equipe não chegaram às finais, porém ficaram bem colocados.

TarugoBot, um dos robôs desenvolvidos pela Equipe na categoria hobbyweight

TarugoBot, um dos robôs desenvolvidos pela Equipe na categoria hobbyweight

Na competição existem várias categorias, nas quais variam os pesos dos robôs nos combates. A categoria mais leve é chamada de Beetleweight, em que disputam máquinas de até 1,36 kg. Os estudantes da PUCPR competiram nas categorias Beetleweight (1,36 kg), Hobbyweight (5,44 kg), Featherweight (13,6 kg), Middleweight (54,4 kg), Sumô Lego (1 kg) e Seguidor de linha e conquistaram várias vitórias, que deixaram seus robôs entre os dez primeiros em quase todas as  categorias.

Equipe PUCPR trabalhando nos reparos e manutenção dos robôs

Equipe PUCPR trabalhando nos reparos e manutenção dos robôs

O EVENTO
Segundo Paulo Lenz, representante da Robocore, que organiza o evento, o campeonato contou com cerca de 900 participantes e 350 robôs inscritos. O público estimado que assistiu às competições foi de 2 mil pessoas por dia.  “Esse evento é muito importante para incentivar os jovens e estudantes a pesquisar e estudar mais”, afirma.  Ao todo foram 90 equipes de diversas universidades do Brasil e até do exterior.

O evento teve categorias específicas para menores de 18 anos, como o desafio inteligente, que teve a intenção de atrair gente nova e gerar interesse pela área de robótica. Segundo Lenz, “é importante tratar conceitos da engenharia com aplicações de uma forma divertida, estimulando a vontade de aprender”. Para ele o campeonato proporciona uma oportunidade de colocar em prática tudo que os estudantes aprendem.

Yago Vinícius França, capitão da Equipe PUCPR de robótica Móvel desde 2012, afirmou que um evento como esse é de extrema importância para avaliar o nível da equipe. “No campeonato conseguimos testar nossos conhecimentos, lidar com pressão e aprender com nossos erros. O nível das equipes está cada vez mais alto, e tudo é uma caixa de surpresas”, contou.

O professor de engenharia da PUCPR, Valter Klein Jr., auxilia os alunos desde março de 2013 e afirmou que esse evento testa a parte mecânica e eletrônica dos robôs desenvolvidos ao extremo. “Participar da competição traz um nível de profissionalização desses alunos, que se dedicam até o fim. Eles precisam trabalhar contra o tempo para que os robôs estejam prontos para a hora da competição, como se estivessem em uma indústria, a única diferença é que aqui, temos a adrenalina”, contou.  Segundo o professor, a partir desse ano a equipe começará um trabalho diferenciado para produção de eletrônica própria, que suportem os combates entre os robôs.

Vinícius Monteiro é piloto dos robôs da equipe da PUC e apesar de já ter concluído o curso não consegue deixar os companheiros e continua participando do evento. “Já fui capitão da equipe na época que estudava e ajudei a construir a trajetória do grupo, por isso é difícil abrir mão de participar do evento e estar junto com eles”, contou. Monteiro viu a equipe conquistar muitos títulos e alcançar prestígio ao longo dos anos.

André Bortoli, também integrante do grupo há um ano e meio afirmou que participar da equipe é o melhor laboratório que um estudante de engenharia pode ter. “Aqui colocamos em prática tudo que estudamos em sala de aula, temos que lidar com o tempo, pressão e chegamos ao nosso limite. É como uma indústria onde precisamos cumprir obrigações, com a diferença de que em um emprego se não cumprimos um dever, podemos ser demitidos, e aqui no campeonato, podemos perder uma luta”, afirmou.

A equipe PUCPR de robótica móvel conta com apoio da PUCPR para desenvolvimento de seus projetos além da colaboração de seus patrocinadores.  Os robôs desenvolvidos são tão resistentes que podem ser usados em missões perigosas onde os homens não podem entrar e também como anti-bombas.

Equipe PUCPR já conquistou diversos títulos em campeonatos na área da robótica

Equipe PUCPR já conquistou diversos títulos em campeonatos na área da robótica