Hostels investem em conforto para atrair clientes

por Ex-alunos
Hostels investem em conforto para atrair clientes

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Diárias partem de R$ 40 e são grande diferencial

Por Renata Martins

Os hostels, que trazem o conceito de hotel e pousada de um jeito mais simples, estão investido em ampliar o conforto para atrair mais clientes. Proprietária do Freedom Hostel – que fica no bairro Santa Quitéria, em Curitiba -, Charyana Correia diz que sempre pensa em fazer com que seus hóspedes se sintam em casa, com cômodos compartilhados, churrasqueira, sala de televisão e áreas de lazer. “Posso dizer que nosso hostel é uma casa, que recebe visitas e queremos que essas visitas se sintam em casa. Quem está aqui pode fazer o que quiser, até dormir no sofá, se estiver com vontade”.

Outro estabelecimento de Curitiba que faz a mesma aposta é o Knock Knock Hostel, no bairro Mercês. “Hostels são ambientes mais descontraídos, ideais para conhecer gente, conversar, trocar ideias com outros viajantes ou com o staff. E, hoje em dia, não deixa de ter o mesmo conforto que teria em hotel”, relata Emília Echezarreta, argentina sócia do empreendimento.

O Knock Knock surgiu com o intuito de trazer hospedagem econômica, descolada e de aconchegante. São 39 vagas divididas em seis quartos, com preços de R$44 a R$50 por diária. A casa possui uma cozinha equipada para uso comum dos hospedes, sala de televisão e jogos, sala de leitura e recreação, churrasqueira e terraço. Wi-fi, café da manhã incluso na diária e limpeza todos os dias. “Buscamos manter a qualidade em todos os aspectos”, explica Emília.

Fluxo varia durante o ano

Durante o ano, esse tipo de estabelecimento sofre com movimento oscilante, principalmente em dezembro e janeiro;  já nas férias de julho, o fluxo aumenta. As tarifas, no caso do Freedom, variam de R$40 a R$140, e também há preços para mensalistas (leia mais abaixo). “Um dia em um hotel pode ser substituído por duas ou até três diárias um hostel”, compara Charyana.

Ela acrescenta que a interação entre os hóspedes é muito importante e aponta que isso não ocorreria em um hotel convencional. “Entra o lado positivo do hostel: aqui você nunca está sozinho, você acaba trocando experiência, cria uma nova família a cada vez”.

Hostel vira casa para hóspedes

O sistema de pagamento mensal foi elaborado para mochileiros que decidem se fixar por tempo maior, sem sofrerem com preços excessivos de hotéis. Entre os hóspedes permanentes está Lorena Leoni, que veio de São Luís/MA para estudar em Curitiba e vive no Freedom Curitiba Hostel. “Eu não queria me fixar. Alugando alguma coisa teria que fazer um contrato de pelo menos seis meses ou um ano. Como eu não conheço ninguém aqui em Curitiba e sempre gostei muito do universo de hostel, decidi ficar em um. Você nunca fica sozinho, me sinto em casa”.

Outro diferencial é a forte presença de estrangeiros. Mesmo com a maioria dos visitantes sendo do Brasil, O Curitiba Casa Hostel, localizado no bairro Jardim Botânico, já recebeu hóspedes da América Latina, Alemanha, Reino Unido, França e Austrália, entre outros. “A possibilidade de integração, de conversar e de conhecer novas pessoas é sempre um atrativo dos hostels. Ao contrário de um hotel, onde cada um fica trancado no seu quarto”, afirma Marina Brehm, proprietária do hostel.

Os preços do Curitiba Casa Hostel variam de R$44 a R$ 145 por diária, entre quartos e suítes privativas. Para a dona do negócio,  o preço também é uma vantagem, além da possibilidade do uso da cozinha, da sala e das outras áreas comuns.

Foto: Renata Martins/Portal Comunicare