Lista da OMS gera reflexão sobre consumo de carne

por Ex-alunos
Lista da OMS gera reflexão sobre consumo de carne

Lista traz informações  sobre alimentos comuns do dia a dia serem cancerígenos Por Joshua Raksa

Após uma divulgação da  Organização Mundial da Saúde (OMS) relatando alimentos identificados como potencialmente carcinogênicos, muitas pessoas mudaram seus hábitos alimentares, deixando de ingeri-los ou regulando a quantidade durante as refeições.

A lista, divulgada em outubro deste ano, incluía alimentos considerados  carcinogênicos, que causam câncer, e cancerígenos, que podem causar câncer. A lista principal – que já possuía tabaco, amianto e fumaça de diesel – agora apresenta também linguiça, bacon, salsicha e presunto.

Segundo a lista da OMS , carnes processadas, como o bacon e o presunto, foram para o grupo 1 dos alimentos relacionados ao câncer.  Segundo a Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC), já existem evidencias o suficiente entre eles e a doença comprovando que eles causam ela causam-na principalmente no intestino do consumidor.

Já as carnes vermelhas, foram classificadas como cancerígenas e foram encaminhadas ao grupo 2A. Segundo a OMS, essas carnes podem causar câncer, mas ainda faltam evidências e por enquanto eles afirmam que apenas existe o risco desses alimentos causarem câncer.

Dona de casa muda hábitos

Após a divulgação da lista, a dona de casa, Simone Bernardes Pinheiro, conta que está parando aos poucos com a carne vermelha devido ao risco de câncer. Já sobre carnes processadas, ela conta que nunca havia gostado de comer, porque mesmo antes da divulgação da pesquisa, eles já eram considerados não saudáveis.

Simone conta também evita outros produtos cancerígenos fora esses da nova lista da OMS. “Todos acham gostosa a pele do frango frita, mas, quando eu soube que ela também causava câncer, anos atrás, comecei a retirá-la sempre antes de comer”. O marido de Simone está realizando tratamentos contra o câncer , o que a deixa mais aflita.

O atendente de supermercado Rodrigo Pillato Boza diz que sempre comeu bastante bacon e salsicha no cachorro quente, e não pretende mudar drasticamente seus hábitos alimentares. “ Eu sei que deveria me cuidar, mas essas comidas sempre fizeram parte da minha vida.Acho que,  se eu comer moderadamente,  não vou ter muitos problemas “.

Nutricionistas explicam como substituir a carne vermelha da sua alimentação de maneira saudável

Segundo a nutricionista Christiane Vitola, quem ainda come esse tipo de carne, porém em pequenas quantidades, apresenta risco pequeno de desenvolver câncer. Segundo as estatísticas da OMS, uma pessoa que comer  50g por dia apresenta 18% de chances de  desenvolver um tumor.

A nutricionista também disse que aconselha seus clientes a nunca comerem produtos processados, devido ao excesso de gordura presente neles.  Sobre a carne vermelha, ela aconselha que uma pessoa comum coma até duas vezes por semana,  no máximo. Quem  quer evitar comer esse tipo de carne pelo medo do câncer, mas sem perder o valor nutricional que eles apresentam, pode adaptar  a alimentação comendo carnes brancas, ovos e vegetais verde escuros, que apresentam um alto índice de ferro, como quinoa.