Ocorrências na Praça Eufrásio Corrêa amedrontam a população

por Ex-alunos
Ocorrências na Praça Eufrásio Corrêa amedrontam a população

Screenshot

Nos dois primeiros meses deste ano foram atendidos 58 casos no local, a maior parte deles por tráfico de drogas

Por Renata Fernandes

Uma das principais praças do centro de Curitiba, a Eufrásio Corrêa, localizada próxima ao Shopping Estação, chama a atenção de quem passa ao redor pelo número de atos ilegais que ocorrem no local. Em pouco tempo de observação, fica fácil perceber essas práticas como, por exemplo, o consumo de drogas.

Marina Sarkis, 14 anos, estudante atravessa o local diariamente e considera o local seguro, “eu considero a praça bem tranquila, pelo menos durante o dia, mas de qualquer forma a pessoa tem que se cuidar”, afirma. Já Alicia Maria, que também é estudante, 14 anos, diz sentir um pouco de medo de passar pelo local. “Eu vejo muita gente usando droga e você não sabe qual pode ser a reação da pessoa, até pelo efeito do entorpecente, já aconteceu de tentarem roubar a bolsa da minha mãe aqui”, conta.

Segundo estatísticas da Secretaria Municipal da Defesa Social (SMDS), a Guarda Municipal atendeu 216 ocorrências na praça em 2013, sendo a maior parte delas por tráfico de drogas e uso de substâncias ilícitas (drogas). Até o dia 10 de março deste ano, foram registradas 61 ocorrências, sendo a maioria pelo mesmo motivo do ano anterior e também por abordagens.

Denúncia

Marlene da Silva, 46 anos, é dona de casa e há um mês observa o local diariamente. Ela conta que ano passado sua filha, que tem 19 anos e é usuária de drogas, foi presa e desde então ela vem acompanhando o que ocorre na Praça Eufrásio Corrêa. “A segurança aqui não funciona, não tem ninguém aqui pra proteger a população. Eu venho na praça há bastante tempo para observar como funcionam as coisas, e o que eu percebo aqui é que existe um abuso de autoridade. Os guardas abordam qualquer pessoa que passe aqui, mas a segurança para a população não existe. Eu fui roubada na estação-tubo e não tinha um policial para me ajudar. Hoje mesmo eu fiz uma denúncia sobre o que ocorre nessa praça, porque eu estou revoltada. Tem o policiamento, mas não é pra proteger a praça, cuidar da população, é pegar um ou outro que eles cismam e abordar. É revoltante o que acontece aqui”, afirma.

De acordo com a SMDS, a Guarda Municipal de Curitiba faz o policiamento na praça com rondas, operações simultâneas e módulo móvel itinerante a cada 15 dias.