Parada LGBT em Curitiba discutirá a aceitação do movimento

por Portal Comunicare
Parada LGBT em Curitiba discutirá a aceitação do movimento

APPAD propõe discussão sobre opiniões conservadoras 

Por Gabriel Domingos e Paula Araujo

A edição 2017 da parada LGBT em Curitiba acontece neste domingo (5). O início da concentração está marcado para as 12h, na Praça 19 de Dezembro e na Rua Barão do Cerro Azul. Os participantes seguem em trajeto até a Praça Nossa Senhora da Salete, onde ocorrem atividades culturais e de conscientização das questões LGBTs até o encerramento, às 20h. Para este ano, a expectativa de público é de 100 mil pessoas.

A Associação Paranaense da Parada da Diversidade (Appad) organizadora da Parada LGBT em Curitiba, traz para a nova edição o tema: O que eu tenho a ver com isso? A proposta é uma discussão sobre opiniões conservadoras, os casos de violência e decisões judiciais que afetam a aceitação aos homossexuais.

Estudante de arquitetura e urbanismo na UTFPR, Maria Eduarda acredita que a Parada LGBT representa uma oportunidade para discutir a fundo as questões LGBTs. Maria também conta que sofreu com falta de aceitação da família sobre a orientação sexual. “Os problemas que tive com a família vão de simples discussões até brigas quase agressivas sobre minha sexualidade e relacionamento”.

A APPAD baseou a escolha do tema deste ano em casos como o de Maria Eduarda e pretende questionar a sociedade do papel que se deve ter no enfrentamento a discriminação e as violações de direitos contra lésbicas, gays, homossexuais e bissexuais. O intuito é conscientizar a população sobre atos de violência e promover atitudes de mudança em relação aos LGBTs.

A advogada Carla Ciendra Alberti faz um levantamento dos últimos direitos conquistados pela comunidade LGBT. “É permitida a troca de nome quando a pessoa realizou a mudança de sexo ou tem nome que a constrange, como consta no artigo 16 do Código Civil”. A pessoa então tem que recorrer ao Judiciário e requisitar o processo.

Atualmente, o STF autorizou a mudança do nome também no RG, um grande avanço na legislação do país. Não é preciso ter feito a mudança de sexo para mudar o nome, o indivíduo precisa ir até a Prefeitura e fazer o pedido, então será passado para um juiz competente, que, por sua vez, permitirá ou não a mudança, caso o Juiz não aceite, a pessoa poderá passar o processo para outra instância que provavelmente irá aceitar.