Relembre 15 brinquedos que já fizeram sucesso

por Ex-alunos
Relembre 15 brinquedos que já fizeram sucesso

Brincadeiras eletrônicas crescem e podem atrapalhar o desenvolvimento infantil

Por Angélica Klisievicz Lubas

O crescimento gradual de brincadeiras eletrônicas pode atrapalhar o desenvolvimento de crianças. A conclusão é de especialistas, que apontam que, ao contrário do que ocorre hoje, os brinquedos das décadas de 1980 e 1990 e trabalhavam funções como a coordenação motora e a lateralidade.

Confira 15 brinquedos antigos que hoje fazem falta não só no sentido de saudade, mas também no desenvolvimento infantil.

 

1- Vai-Vem

2- Pega-Varetas

pegavareta

3- Banco Imobiliário (representando outros jogos de tabuleiro)

 

4- Bichinho Virtual

bichinho virtual

 

5- Aquaplay

aquaplay

 

6- Blocos de Construção

blocos

 

7- Iô-iô

ioio

 

8- Lousa Mágica

lousa

9- Raspadinha da Eliana (representando também pipoqueira e outros)

raspadinha

 

10- Pernas de Pau

perna de pau

 

11- Corda

corda

 

12- Carrinho de Rolimã

carrinho de rolimã

 

13- Pogobol

poogobol

 

14- Bets

bets

 

15- Peteca

peteca

 

Brinquedos eletrônicos atrapalham desenvolvimento

A pedagoga Gisele Moro conta que é bastante procurada por mães que relatam que os filhos sabem jogar e teclar, mas acabam tendo dificuldades em outras atividades curriculares. “As crianças hoje têm uma inteligência menos favorecida, pois os brinquedos atuais não promovem o desenvolvimento intelectual. Elas dependem muito do auxílio dos adultos nas tarefas curriculares normais do dia-a-dia, por falta de coordenação motora, ludicidade falta de saber quantificar e relacionar quantidade com símbolos”

A pedagoga cita, ainda, outras desvantagens dos brinquedos atuais. “A criança hoje está menos inteligente, pois o esforço é muito menor sobre o objeto a ser aprendido, como, por exemplo, os jogos”. Devido à rapidez do toque, elas também não aprendem a necessidade de  esperar por algumas coisas, tornando-se impacientes.

A criança perde também quando se fala em coletividade e comunicação, segundo Gisele. “Ela não desenvolve senso de coletividade, porque ela se concentra numa atividade sozinha e prefere ficar assim a se comunicar e interagir com outras crianças”.

A pedagoga e professora Maria Helena também percebe os efeitos da tecnologia nas crianças. “Nós [professores] encontramos nas crianças muita falta de atenção, muita dificuldade de convivência e de socialização com outras crianças e com o próprio meio”.

Para Maria, porém, se usada moderadamente, a tecnologia pode  ajudar no desenvolvimento da criança. Ela também afirma que é impossível excluir a criança do contato com esse tipo de equipamento. “É preciso desenvolver toda essa parte tecnológica, mas de forma controlada. Tudo que é em excesso é negativo”.

Ela ainda reforça o papel da escola, que é dar à criança acesso às brincadeiras e exercícios que faltam em casa. “Quem trabalha com educação infantil na escola procura, de forma organizada, fazer com que elas continuem tendo acesso a essas brincadeiras lúdicas”.

 

Pais têm papel importante

Mãe de dois meninos, de 7 e de 3 anos, Karin Flemming conta que existem muitos jogos eletrônicos que estimulam o raciocínio e a concentração da criança. “Eles (jogos) ajudam no crescimento da criança, desde que com o acompanhamento de um adulto, o que não dá é usar desse artifício para entreter a criança sem a supervisão”.

Karin também ressalta que, hoje, com a violência, não se pode deixar os filhos brincando nas ruas, mas entende que o exercício faz falta e que é necessário. Ela ainda sugere formas de utilizar a tecnologia para suprir essa falta de estímulo físico. “Eles têm outras formas de se divertir, coisas que a gente não tinha, como o Kinect [vídeogame sensorial]. Nele, você consegue pular, brincar, correr. Tem alguns jogos também que a família pode brincar que faz com que a criança se exercite”.

Alcione tem uma filha de 19 e um filho de 3 anos. Por isso, acompanhou essa mudança nos perfil dos brinquedos. “Hoje, existem bonecas que piscam os olhos, fazem xixi, mexem a face, falam e andam sozinhas… É difícil encontrar algum brinquedo que não tenha uma essas funções”.

Alcione também acha que, antigamente, as crianças brincavam e se exercitavam mais, por falta de outras opções de entretenimento, e afirma que ainda existem formas das crianças brincarem e exercitarem algumas funções como a coordenação motora. “Ainda existe cama elástica, parquinhos, bicicleta, skate, patinete, só mudou a forma de brincar”. Ela reforça que essa iniciativa deve partir também dos pais. “Para que a criança seja ativa, é necessário um estímulo dos pais para sair e brincar, e não a ficar só dentro de casa”.