Tema mídia e suicídio é abordado em mesa redonda na PUCPR

por Ex-alunos
Tema mídia e suicídio é abordado em mesa redonda na PUCPR

 

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A conscientização midiática e as consequências do sensacionalismo em torno do suicídio debatidas.

Por: Luca Matheus

Na manhã de terça-feira (25/04) ocorreu na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no auditório Tristão de Ataíde, o debate em mesa redonda que abordou o papel da mídia em casos de suicídio e a influência do jogo Baleia Azul. O evento foi mediado pela professora Criselli Montipó e contou com a presença de profissionais e professores das áreas de comunicação e saúde.

O intuito da discussão era conscientizar e debater o alto índice de morte por suicídios, apontado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ocorridos no Brasil, que implica em uma morte a cada 40 minutos, e no mundo, que aponta, em média, um caso a cada 40 segundos.

O tema ganhou força na mídia nacional com a chegada do jogo chamado Baleia Azul, que surgiu em 2015 na Rússia como notícia falsa consistente em uma série de desafios que envolvem a auto-mutilação e leva o participante ao desafio final: o suicídio.

A roda de discussão foi composta pelo jornalista e especialista em cinema Cristiano Luiz Freitas, da área de comunicação, e pelo professor e sociólogo Lindomar Wessler Boneti, da área de ciências sociais. Contou, também, com a presença do psicólogo especialista em Psicopatologia Fenomenológica Henrique Costa Brojato, do médico e professor de psiquiatria Marcelo Heyde e do psicólogo Clóves Antonio de Amissis Amorim.

Alunos da Puc Paraná na Mesa Redonda sobre o suicidio na mídia

Os estudantes que assistiram à mesa redonda tiveram a oportunidade de enviar perguntas via Whatsapp que foram respondidas pelos profissionais participantes.

Os convidados discutiram o sensacionalismo e a importância da abordagem na mídia nos casos de suicídio. A ênfase da discussão trouxe o assunto do descaso atual com a saúde mental e os métodos que devem ser utilizados para que este conteúdo seja noticiado.

A discussão, que durou cerca de uma hora e quarenta minutos enfatizou, também, os impactos psico-sociais causados pela tecnologia e o espaço que o tema tem ganho nas grandes mídias.

A série “13 Reasons Why” (Os Treze Porquês) que fala sobre o suicídio, produzida pela Netflix, também foi mencionada entre os debatentes como proposta da ideia de uma abordagem saudável sobre o conteúdo no meio acadêmico.

Fotos: Maria Clara Braga