Último debate na TV tem ataques pessoais e muitas críticas ao Governo Richa

por Julius Nunes
Último debate na TV tem ataques pessoais e muitas críticas ao Governo Richa

Apenas Rodrigo Tomazini, do PSTU, não participou porque o partido não tem representante na Câmara Federal

Por Rodrigo Sigmura

Candidatos ao governo do estado participam de último debate | Foto: @RenatoJG

O último debate entre os candidatos ao governo do estado do Paraná ocorreu na última terça-feira, 30, em Curitiba. O encontro, que reuniu sete dos oito postulantes ao cargo, foi promovido pela RPC TV, afiliada a TV Globo no estado. Estiveram presentes Beto Richa (PSDB), Bernardo Pilotto (PSOL), Geonisio Marinho (PRTB), Gleisi Hoffmann (PT), Ogier Buchi (PRP) e Roberto Requião (PMDB). Por não ter representatividade na Câmara Federal, Rodrigo Tomazini (PSTU) não esteve presente. O tempo de duas horas foi dividido em cinco blocos. No 1º e no 3º, os candidatos puderam fazer suas perguntas com tema livre. Já no 2º e no 4º blocos o assunto era definido em sorteio. No último, os candidatos puderam fazer suas considerações finais.

Essa foi a última oportunidade para o eleitor tirar suas dúvidas sobre as propostas de governo de cada um deles. No entanto, ataques pessoais e críticas a atual gestão marcaram o debate. “O candidato [Beto Richa], além de não cumprir promessas, não responde o que a gente pergunta”, disse Gleisi Hoffmann, candidata pelo PT. “Quem não costuma cumprir compromisso de campanha é o seu partido, o PT”, rebateu Richa.

Ao responder algumas das questões propostas, Requião aproveitava o espaço para alfinetar o governo atual. Ao saber que não poderia mais perguntar para o candidato tucano no quarto bloco, o peemedebista se utilizou da ironia. “Ele não ia responder nada mesmo”, disse.

No segundo bloco do debate, houve confronto direto entre os dois candidatos oponentes. Requião afirmou que alguns dos deputados e até o ex-governador Orlando Pessutti, do PMDB, foram comprados pela administração atual para aparecer na campanha eleitoral de Richa. Este, por sua vez, respondeu dizendo que os peemedebistas que lhe apoiaram o fizeram porque houve investimento no estado.

Cobertura

O Twitter do programa Minuto Certo, produzido pelos estudantes de jornalismo da PUCPR e veiculado pelo portal Paraná Online (GRPCOM) para as eleições 2014, fez a cobertura do que ocorreu no debate, desde às 21h30, com mais de três horas e meia de interação em tempo real. Confira os principais pontos abordados em www.twitter.com/minutocerto.

Considerações finais

Quem abriu o último bloco, em suas considerações finais, foi Geonisio Marinho. Ele escreveu em sua mão o número de seu partido, pediu para que os eleitores divulguem o número e afirmou que andou pelo estado de “ônibus, carro e carona”, sem que tivesse financiadores de campanha.

Tulio Bandeira afirmou que será o governador que “vai ouvir suas sugestões (sic)”. Ele disse que representa a opção aos paranaenses.

Roberto Requião foi o terceiro a se pronunciar. “O governo assume e duplica o lucro dos sócios privados. Estamos com um apagão de gestão”, comentou o peemedebista sobre as tarifas de água e luz.

Bernardo Pilotto declarou que esse foi um debate “cheio de mesmice política (sic)”, com acusações e frases preconceituosas. Reclamou de ter sido chamado de “moleque” pelo candidato tucano, o apontando como “laranja”.

Gleisi Hoffmann propôs uma articulação melhor com o governo federal. Disse que não quer um estado “do contra”. “Temos que ter um segundo turno para fazer um debate mais aprofundado sobre o futuro do nosso estado”, falou.

Ogier Buchi garantiu que “teve um sonho”, oferecendo ao Paraná uma proposta nova. “Não adianta ser amigo do presidente da República. Tenho prometido o que sei que é possível cumprir”, disse ele.

Beto Richa encerrou o bloco e assegurou que “nós podemos nos considerar vitoriosos, vencedores (sic)”, ao citar dados sobre a economia estadual. Afirmou ainda que foi o primeiro governador a percorrer todos os municípios paranaenses.

Formato

As regras do debate estabeleciam que o candidato teria 30 segundos para cada pergunta. Para a resposta, seriam 90 segundos. Na réplica, o tempo disponibilizado foi de 40 segundos. E a tréplica acabava em 30 segundos. Como cada candidato poderia ser perguntado no máximo duas vezes por bloco e quem escolhia aquele que responderia a pergunta eram os próprios, Bernardo Pilotto deixou de participar das respostas. No terceiro bloco, ele pediu para que perguntassem a ele. “Também estou presente neste debate”, justificou.