“Um Amor em Paris” arranca elogios do público

por Ex-alunos
“Um Amor em Paris” arranca elogios do público

Apesar da aprovação do filme, público reclamou da demora para poder entrar na sala

Beatriz Peccin

Filme romântico de encantou público. Foto: divulgação.

Filme romântico de Marc Fitoussi encantou público. Foto: divulgação.

O Festival Varilux de Cinema Cinema Francês 2014 atraiu hoje um público de 41 pessoas para assistir Um Amor em Paris, de Marc Fitoussi. O filme foi iniciado às 13h30min e reuniu uma grande fila na bilheteria do Espaço Itaú de Cinema Curitiba, no Shopping Crystal.

A 5ª edição do festival está sendo bem sucedida.  O local conta dois totens e mais duas atendentes para administrar a grande fila em todas as áreas de compra, que ficaram cheias na meia hora antecedente ao inicio da sessão. Esse fato agrada o economista Carlos Bayuot que gosta muito do cinema europeu, principalmente o francês. Para ele “essa fila significa que mais pessoas estão aproveitando essa oportunidade de conhecer o novo ,outra cultura e uma nova forma de olhar e digerir um filme”.

Crítico convito do cinema norte americano, Carlos assistiu recentemente uma produção a última superprodução hollywoodiana que sintetiza bem, segundo ele, o que o grande público anda consumindo. “É um filme sem história, cheio de efeitos especiais, sem inteligência, sem reflexão e que não tem nenhum fator de contribuição humana”,  ao contrário do cinema europeu, nos quais para Bayuot, os cenários têm grande beleza, uma trilha sonora mais clássica e elitizada e os diálogos bem construídos podem não render um super filme, “mas com certeza garante um bom filme”.

A produção do francês Marc Fitoussi é pequena, considerando seus 39 anos. Todavia, é considerada de qualidade.

A presença de Isabelle Huppert agradou a muitos. Para Felipe Ramos, administrador, “o filme em si superou as minhas expectativas, porque trata de um assunto comum e delicado: a questão do amor de longo prazo, do relacionamento de um casal, desse amor que vai e vem. Eu gosto muito deste festival, acho ótimo e frequento desde a primeira edição. Sou fã de cinema e gosto muito do jeito francês de fazer esse tipo de arte”. Cinéfilo de carteirinha, o administrador define a arte dos filmes de uma forma romântica, mas ao mesmo tempo lúcida. “Os filmes não tem faixa etária, é democrático, acessível. É uma forma de arte fascinante”, completa.

É dessa forma que Curitiba se insere cada vez mais no cenário cultural do tradicional eixo Rio -São Paulo. O administrador diz que “Curitiba oferece boas opções culturais e de cinema. Há desde o mais underground até o mais norte-americano, a única coisa que perde para o eixo Rio -São Paulo é a quantidade de público e de espaços”.

“ Essa cidade já está bem melhor do que há cinco anos atrás – no cenário cultural – no que diz respeito há quantidade de público, espaços, exibições de filme de produção independente, mas não adianta comparar porque felizmente ou não tudo nasceu no Rio de Janeiro e migrou para São Paulo. Agora engatinha até aqui”, completa Bayuout .

Atraso

Apesar do sucesso da obra exibida, foi constatado um mal estar do público a partir de vários comentários entre as pessoas na fila e em entrevista, de que o fato do espaço abrir apenas 15 minutos antes. Isto contribuiu para uma preocupação entre clientes: entrar  na sessão depois de iniciada, como segundo Carlos Bayout nos descreveu. “De novo isso, eles postergam para abrir e ai fica essa fila e a gente arriscado a perder o começo do filme,

Público do Espaço Itaú se preocupou com a possibilidade de não conseguir entrar na sessão antes do início do filme. Foto: Gabriel Massaneiro.

Público do Espaço Itaú se preocupou com a possibilidade de não conseguir entrar na sessão antes do início do filme. Foto: Gabriel Massaneiro.

 

como aconteceu ontem”.

O fato das grades serem levantadas apenas 15 minutos antes foi constatada pela nossa repórter do Portal Comunicare, entretanto na sessão de hoje o filme só começou com todo o público dentro da sala. A gerente do Espaço Itaú de Cinema Curitiba garante que ontem (10) o cinema foi aberto pontualmente às 13h, mas isso não evita que não haja fila. Um fato apontado pela gerente é que a opção pelo atendimento físico das atendentes contribui para o tamanho da fila e possivelmente a um atraso do cliente para a sessão. Entretanto, sobre o acontecimento de hoje, ela diz que não estava no local e que não sabe o que aconteceu, mas que isso não se repetirá.