A importância de manter o nome limpo para ações do dia a dia

O número de endividados no Brasil é grande e ficar com o nome sujo pode ocasionar problemas em diferentes ocasiões
Por Guilherme Kruklis
No fim de 2018, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) o número de pessoas endividadas no Brasil atingiu 62,6 milhões.
Segundo o presidente da Boa Safra Alimentos, empresa do ramo alimentício, Jakson Luiz Urban, é importante manter o nome limpo para realizar inúmeras ações do dia a dia. As ações vão desde contratações de serviços financeiros até compra de serviços pós-pagos, como por exemplo televisão, internet e telefone. Urban afirma também que estar no cadastro negativo, isto é, estar com o nome o “sujo” é ruim para pessoas físicas e jurídicas. “Sobre qualquer ação que você tomar, terão empresas que visualizarão seu histórico e você poderá ser impedido de realizar o que você deseja. Por exemplo, quando você quiser vender algum produto, o comprador pesquisará seu nome no Serasa, e dependendo do resultado você pode perder o negócio”.
Para o ex-deputado Walter Ihoshi, relator da lei da inclusão automática do cadastro positivo, além de se prejudicar estando com o nome sujo, pessoas que estão no cadastro negativo acabam prejudicando as com o nome limpo. “Hoje o bom pagador paga pelo mal pagador, porque se a inadimplência é alta, é porque o spread bancário (diferença entre a remuneração que o banco paga para captar um recurso e o quanto esse banco cobra para emprestar o mesmo dinheiro) é calculado em cima do mal pagador, e então o bom pagador não tem acesso aos juros mais baixos”. Ihoshi ainda diz que devedores devem olhar as vantagens que terão estando no cadastro positivo e poder vender e comprar sem medo de travar a negociação pelo seu histórico de dívidas.