Conheça todos os candidatos à prefeitura de Curitiba

Eleição deste domingo, dia 15, decide quem será o próximo prefeito ou os dois candidatos que avançam para o segundo turno, no dia 29

Por Eduardo Veiga Nogueira | Foto: TRE-PR divulgação 

As eleições municipais marcadas para este domingo (15) escolhem os vereadores e o prefeito(a) da próxima gestão. Em caso de segundo turno na disputa à prefeitura, levam os dois candidatos(as) com maior número de votos para a disputa final, marcada para o dia 29. O eleitor pode escolher dentre 16 candidaturas, sete a mais do que na eleição de 2016. O aumento se deve à quantidade de candidatos isolados – apenas três formaram coligações.

Confira abaixo, em ordem alfabética, os candidatos que disputam a prefeitura:

Camila Lanes (PCdoB) – Candidata mais nova na disputa à prefeitura de Curitiba, Camila Lanes é estudante de Letras, presidente da União da Juventude Socialista (UJS) e vice-presidente do PCdoB da capital. Ela também já ocupou a presidência da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES ) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Participou em 2015 das manifestações contra a reforma na previdência proposta pelo então governador, Beto Richa. Foi candidata à deputada federal em 2018, mas não se elegeu. Camila tem 24 anos e seu número é o 65.

Carol Arns (Podemos) – Apoiada pelos três senadores do estado, Carol Arns está em sua primeira candidatura a um cargo político. É formada em Direito e Administração, com mestrado em Engenharia de Produção pela UFSC. É sobrinha de Zilda Arns – fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa – e de Dom Evaristo Arns – frade franciscano, cardeal e escritor. Em entrevista à rádio Band News, no dia 27 de outubro, Carol criticou a gestão de Greca no tratamento a moradores de rua, comparando o atual prefeito ao que o ex-presidente americano, Donald Trump, faz nas políticas voltadas a imigrantes. A candidata tem 43 anos e seu número é o 19.

Christiane Yared (PL) – Com uma chapa composta apenas por mulheres, Christiane Yared concorre à prefeitura coligada à dois partidos. Deputada federal pelo segundo mandato, ela é também empresária e pastora evangélica. Após a perda do filho em um acidente de carro provocado pelo então deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho, Chistiane criou o Instituto Paz no Trânsito (Iptran), voltado à segurança no trânsito. Recentemente, a candidata foi alvo de polêmica ao votar a favor do “PL da morte”, como ficou conhecido o projeto de lei apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro que duplica o número de pontos necessários para perder a carteira de motorista. Chistiane Yared tem 60 anos e seu número é o 22.

Diogo Furtado (PCO) – Com ideologia autodeclarada ““marxista, leninista, trotskista”, Diogo Furtado é artista gráfico. No início da campanha, a Justiça Eleitoral indeferiu a sua candidatura por conta de ele não ter apresentado a sua certidão de antecedentes criminais. Furtado tem 30 anos e seu número é o 29.

Dr. João Guilherme (NOVO) – Vice na chapa de Ney Leprevost nas eleições à prefeitura de Curitiba em 2016, João Guilherme é médico, empresário e membro da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo e do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. É o candidato com a maior declaração em bens, acumulando um total de R$ 13,18 milhões. Formado pela PUCPR, atua na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e no Hospital Universitário Cajuru, entre outros. É defensor da não utilização do fundo eleitoral para campanhas e afirma que, caso eleito, abrirá mão do salário de prefeito. O candidato é crítico à condução da pandemia na cidade e culpa Rafael Greca pelo agravamento dos casos. João Guilherme tem 47 anos e seu número é o 30.

Eloy Casagrande (Rede) – professor na UTFPR, Eloy Casagrande é PhD em Engenharia pela Universidade de Nottingham e já recebeu premiações na Organização das Nações Unidas (ONU) pelo desenvolvimento de projetos na área ambiental. É crítico da atuação do do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e das políticas ambientais da capital. Casagrande tem 61 anos e seu número é o 18.

Fernando Francischini (PSL) – Natural de Londrina e conhecido também como Delegado Francischini, tem coligação com cinco partidos na disputa à prefeitura. Formou-se em Direito e pelo primeiro mandato é deputado estadual. Já foi deputado federal e membro da Polícia Federal e da Polícia Militar do Paraná. Foi um dos coordenadores da campanha de 2018 que levou Jair Bolsonaro à presidência. Francischini afirma que ainda é ligado ao presidente. Recentemente, o candidato fez acusações em seu programa eleitoral contra Rafael Greca, afirmando que o atual prefeito teria favorecido familiares com desapropriação de terrenos e cometido irregularidades na contratação de empresas. A Justiça Eleitoral concedeu direito de resposta a Greca, que rejeita as acusações. Francischini também é apontado como um dos responsáveis pela ação policial de 29 de abril de 2015, quando cerca de 400 manifestantes ficaram feridos no Centro Cívico. Na época, ele era Secretário de Segurança Pública do Paraná. Fernando Francischini tem 50 anos e seu número é 0 17.

Goura (PDT) – Entrando no lugar de Gustavo Fruet – que seria o candidato do partido à prefeitura – Goura é deputado estadual pelo primeiro mandato. Professor de ioga, cicloativista e mestre em Filosofia pela UFPR, interrompeu seu mandato de vereador em 2018 para assumir o cargo na Assembleia Estadual, sendo o único representante da Câmara de Curitiba eleito na ocasião. No último dia 11, ele realizou uma passeata pelo centro da capital com Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República na última eleição. Goura tem 41 anos e seu número é o 12.

João Arruda (MDB) – Terceiro candidato mais votado na eleição de 2018 para o governo do estado, João Arruda é sobrinho de Roberto Requião e foi deputado federal por dois mandatos. É formado em Ciência com ênfase em Administração do Esporte pela Stetson University (EUA). É autor do projeto “Lei Maria da Penha Virtual”, estendendo a lei já existente para crimes virtuais, como a divulgação de imagens e informações, sem o consentimento da mulher. Em 2003, João Arruda foi condenado a quatro anos e três meses de detenção por ter matado duas jovens em um acidente. Na ocorrido, ele furou o sinal vermelho e, após a colisão com o carro das vítimas, deixou de prestar socorro. João Arruda tem 44 anos e seu número é 0 15.

Letícia Lanz (PSOL) – Primeira candidata transgênero em uma disputa à prefeitura de Curitiba e única entre as capitais brasileiras, Letícia Lanz é psicanalista, economista e mestre em sociologia pela UFPR. É autora do livro “O Corpo da Roupa”, o primeiro estudo transgênero escrito originalmente em língua portuguesa. Letícia tem 68 anos e seu número é o 50.

Marisa Lobo (Avante) – Autodeclarada “psicóloga cristã”, Marisa Lobo é formada em Psicologia e pós-graduada com habilitação para Magistério Superior, Psicologia e Filosofia. É autora de vários livros, dentre eles “A Ideologia de Gênero na Educação”, último lançamento da candidata. Por conta de posturas consideradas preconceituosas, teve seu registro de psicóloga cassado em 2014 e recebeu uma punição no ano seguinte. Já foi representada judicialmente por Damares Alves, atual ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Recentemente, afirmou que vai processar o candidato à prefeitura pelo PCO, Diogo Furtado, por ter acusado ela de ser “praticamente nazista”. Marisa tem 57 anos e seu número é o 70.

Paulo Opuszka (PT) – Ex superintendente do Instituto de Administração Pública (IMAP) da prefeitura de Curitiba, Paulo Opuszka é professor de direito e processo do trabalho e professor permanente no programa de pós-graduação em direito da UFPR. É também pesquisador e líder do Grupo de Estudos em Trabalho, Economia e Políticas Públicas da universidade. No último dia 5, Opuszka teve direito de resposta concedido pela Justiça Eleitoral a uma publicação feita pelo candidato João Guilherme em sua página no Facebook, onde haveria suposta distorção de conteúdo. Opuszka tem 43 anos e seu número é o 13.

Professora Samara (PSTU) – Atualmente trabalhando na rede municipal de ensino de Curitiba, é a única filiada do partido disputando um cargo nestas eleições. Ela se apresenta como uma “alternativa socialista e revolucionária” para a prefeitura. Professora Samara tem 29 anos e seu número é o 16.

Professor Mocellin (PV) – Renato Mocellin é formado em Direito, História e Estudos Sociais e com mestrado em Educação pela UFPR. Atualmente é professor de História no Curso Pré-Vestibular da Positivo. Ficou em segundo lugar na disputa à prefeitura de Bocaiúva do Sul, nas eleições de 2000. Em 2018, concorreu ao cargo de deputado federal, mas não conseguiu se eleger. Em 2016, Mocellin ganhou repercussão por ter defendido, numa discussão em uma agência bancária, que o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deveria ser assassinado. Na ocasião, Mocellin foi ameaçado de agressão física. O candidato tem 62 anos e seu número é o 43.

Rafael Greca (DEM) – Buscando a reeleição, o candidato do DEM é o atual prefeito, tendo também o apoio do governador, Ratinho Junior. A coligação de Greca é “Curitiba Inteligente e Vibrante”, com dez partidos, a maior coligação dentre as candidaturas. Formado em Economia e Engenharia Civil, com especialização em Urbanismo pela UFPR, Greca tem 64 anos e é membro do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Foi vereador de Curitiba, deputado estadual e federal, além de prefeito da capital de 1993 a 1997. Greca possui o maior tempo de propaganda de televisão, com 3 minutos e 16 segundos. É alvo de críticas por não ter comparecido a debates com outros candidatos. Seu número é 0 25.

Zé Boni (PTC) – Formado em Administração e Contabilidade. Em 2004, foi candidato a vereador na capital, mas não se elegeu. Zé Boni tem 43 anos e seu número é seu número é o 36.