Análise GP da Itália: Corrida termina com Safety car, frustrando torcedores e pilotos; Drugovich se torna campeão mundial

por Gabrielle Tiepolo da Luz
Análise GP da Itália: Corrida termina com Safety car, frustrando torcedores e pilotos; Drugovich se torna campeão mundial

FIA é questionada nas suas decisões, Verstappen sobe ao pódio com vaias e após 22 anos Brasil tem um campeão nas fórmulas de base.

Por Gabrielle Tiepolo da Luz | Imagem via Divulgação/Fórmula 1

Completando 100 anos de existência, Monza é o circuito que mais sediou corridas na história da categoria e ter um final como o do último domingo (11) frustrou os mais de 337 mil torcedores que estavam presentes. Faltando 5 voltas para o fim, Daniel Ricciardo teve um problema no motor e precisou ter seu carro retirado da pista, porém a decisão da direção de prova frustrou equipes e torcedores. Charles Leclerc, piloto da Ferrari, disse na transmissão oficial após a prova: “O final foi um pouco frustrante, porque pensamos que poderíamos competir e não foi o que aconteceu”, para os pilotos a pista já estava limpa, havia a possibilidade de relargar e lutar por mais posições. A corrida terminou em meio a vaias da torcida italiana e ao subir no pódio Verstappen, também, foi vaiado.

Lembranças do passado

Os acontecimentos da corrida trouxeram à tona lembranças da final do campeonato de 2021, onde Michael Masi, ex-diretor de prova, ordenou uma relargada em situações muito parecidas com as do GP de Monza deste ano. Lewis Hamilton questionou após a corrida: “Isso é como a regra deveria ser, certo?”.  Referindo-se a corrida de Abu Dhabi que, segundo o regulamento da época, deveria ter sido finalizada atrás do Safety car e mudaria todo o final do campeonato.

Desperdício de potencial 

O último vencedor de Monza, Daniel Ricciardo, se viu em uma situação complicada neste final de semana, ja que não conseguiu terminar a corrida, devido a problemas no carro, e acumula mais um acontecimento inoportuno, que se soma aos que a equipe diz ser a razão de seu rompimento de contrato. O piloto foi o único a conseguir uma vitória para a McLaren em 12 anos de jejum, mas mesmo essa conquista não foi o suficiente para se manter na vaga. Ricciardo teve seu contrato finalizado antes do prazo e será substituído por Oscar Piastri em 2023, campeão da fórmula 2 em 2021 e ex-piloto reserva da Alpine. Sebastian Vettel comentou na Press conference que a McLaren não extraiu todo o potencial que Daniel tem. 

Falta de resultados na Williams

Nyck de Vries estreou na Fórmula 1, substituindo Alex Albon, que precisou passar por uma cirurgia de apendicite. O piloto neerlandês conquistou seus dois primeiros pontos já na corrida de estreia. Em contrapartida, Nicholas Latifi, que está na equipe como piloto titular desde 2020, demorou 27 corridas para conquistar seus primeiros pontos e até hoje não tem atuações relevantes. Sem obter resultados, Latifi frustra a torcida da equipe, que deseja uma troca de piloto. 

Brasil campeão novamente

Felipe Drugovich conquistou o campeonato da Fórmula 2 no sábado, sem estar de fato na pista, e após 22 anos o Brasil levou um representante para essa conquista. Na largada da Sprint Race de sábado, Drugovich sofreu uma colisão e foi retirado da corrida já nas primeiras voltas, mas, mesmo assistindo a corrida do pitwall, tornou-se campeão mundial. Felipe precisava que Theo Porchaire chegasse, no máximo, em 8º e após uma tentativa de ultrapassagem, o francês se envolveu em uma colisão e caiu para a última posição. O brasileiro se tornou o primeiro piloto a vencer uma temporada da Fórmula 2 e não ter ligação com nenhuma academia de pilotos. Por outro lado domingo logo ao fim da corrida começaram as negociações com a Aston Martin, segunda-feira (12) foi anunciado como piloto de desenvolvimento da equipe e vai guiar o carro ja nos treinos em Abu Dhabi em 2022.

O que esperar na próxima etapa?

A Fórmula 1 retorna apenas em 09 de outubro para o Grande Prêmio de Singapura, com Lewis Hamilton estatisticamente fora da batalha e Verstappen mais próximo do bicampeonato.