Aumento na venda de ovos de Páscoa é previsto no Paraná

Curitiba PR 13 03 2918 A pesquisa de preços de produtos típicos da Páscoa – ovos, coelhos e caixas de bombons – realizada pelo Procon-PR mostra que as diferenças de preços chegam a até 170,21% para um mesmo item comercializado em diversos estabelecimentos. Foto: SECS
No Brasil, cerca de 76% das compras devem ocorrer em supermercados, que disputam espaço com produtores artesanais e microempreendedores individuais
Por Camila Acordi, Carolina Nassar e Maria Vitória Bruzamolin
A Páscoa, segunda maior data do varejo alimentar no Brasil, está chegando e, com isso, a busca pelos almejados ovos de chocolate movimentam a economia do país. Neste ano, o Paraná deve ter um aumento de 8% nas vendas, de acordo com a Associação Paranaense de Supermercados (APRAS). Além disso, os ovos artesanais vêm sendo uma alternativa para quem busca preços mais acessíveis e produtos personalizados.
Em 2020, segundo Associação Paulista de Supermercados (Apas), os ovos, no Brasil, devem sofrer uma alta de 2% em cima do valor de 2019. Isso se dá graças a alta do dólar, que acabou influenciando no preço do corante e do leite, afirma o economista da APAS, Thiago Berka, em entrevista ao portal Giro News. O aumento do valor, apesar da expectativa de aumento das vendas, faz pessoas como Isabella Soares, 18 anos, que tinham a tradição de comprar os ovos em grande quantidade, pensarem duas vezes, “eu costumava comprar de 5 à 8 ovos, atualmente no máximo 3”.
Cerca de 14 mil empregos temporários – diretos e indiretos – foram originados pela indústria brasileira de chocolates, para o período pascoal de 2020, aumentando em média 16% a mão de obra nas fábricas, afirma a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). Segundo ela, a maior parte das vendas (76%) deve acontecer em supermercados, já o restante se dá por microempreendedores individuais e produtores artesanais. Camila de Souza, 27 anos, produz ovos desde 2015, ela usa esse dinheiro extra para ajudar na renda anual. “Com salário que eu ganhava, eu só conseguia pagar a mensalidade da faculdade e umas contas básicas então a minha ideia foi começar a produzir os ovos para que eu conseguisse pagar minha formatura” disse a produtora artesanal. Com a renda do ano passado, ela conseguiu abrir sua própria loja de roupa.
Apesar da expectativa de uma alta nas vendas de ovos, Heloísa Helena, 27 anos, estudante de Design, que sempre consumiu ovos de Páscoa, afirma que sua família diminuiu a quantidade comprada. “Eu e meus três irmãos ganhamos um só para dividirmos”, diz ela. “Antigamente eu escolhia (os ovos) pela embalagem e brinde, hoje em dia escolho mais pelo sabor e pelo preço também”, afirma Heloísa, que tem intolerância a lactose e prefere personalizar seus ovos com um produtor artesanal.