Cinemateca recebe abertura da 6.ª edição do Metrô Festival de Cinema Universitário Brasileiro

por Lenise Klenk
Cinemateca recebe abertura da 6.ª edição do Metrô Festival de Cinema Universitário Brasileiro

O festival é realizado em formato presencial, até 20 de novembro, com 24 curtas-metragens exibidos na Mostra Competitiva

Por Rodrigo Angelucci

Seis curtas foram exibidos no primeiro dia do 6.º Metrô Festival de Cinema Universitário Brasileiro, na noite de quinta-feira (17/11), na Cinemateca de Curitiba. A mostra, com o tema “E Depois, e depois, e depois”, reuniu produções de diversos lugares do país, como Belém (PA), Florianópolis (SC) e Cachoeira (RJ). São eles: “Como Desaparecer Completamente”, “Mundo Cacho”, “Terminal”, “Lusofonia”, “Brechó Brasil” e “As Velas do Monte Castelo”. Depois da apresentação dos curtas, os realizadores dos projetos, Kalel Pessôa (Como Desaparecer Completamente), Matheus Leone (Mundo Cacho), Giulia Maria Roberta e Lucas Zapotoczny (Terminal), Bruno Bimbati, Diego Galera, Gabriel Gomes e João Ítalo (Lusofonia), Ana Clara Costa (Brechó Brasil) e Lanna Carvalho (As Velas do Monte Castelo), discutiram os trabalhos, falando sobre o processo de criação, inspiração e também sobre os desafios de trabalhar com cultura no Brasil governado por Jair Bolsonaro (PL). Os cineastas demonstraram confiança na possibilidade de mais incentivo no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao final, o público presente pode fazer perguntas aos realizadores dos curtas.

A 6ª edição do Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro é realizada em formato presencial, até 20 de novembro. São 24 curtas-metragens exibidos na Mostra Competitiva dividida em quatro sessões, além de uma Mostra Especial composta por 6 curtas-metragens paranaenses exibidos nas duas edições online do Metrô. Todos os filmes foram realizados por cineastas de qualquer curso de ensino superior ou cursos livres de cinema.

Opinião, por Rodrigo Angelucci

Todos os filmes foram interessantes, com destaque para “Como Desaparecer Completamente”, que tem uma pegada underground, com inspiração em “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças”. A música me lembrou a trilha do Vangelis no “Blade Runner”. Chamam a atenção as cenas que se passam na mente da protagonista, com película granulada. “Lusofonia” é um documentário que mostra uma burguesia silenciosa e o povão barulhento, coisas que são unidas pelo barulho do trem. “Brechó Brasil” é composto em sua maioria com imagens estáticas e traz uma reflexão interessante sobre fé. “As Velas do Monte Castelo” foi o filme mais engraçado e é o que trouxe uma aura mais mundana entre todos os filmes, ao mostrar os momentos em uma noite de uma família em meio ao isolamento social.

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