Dogmatismo religioso é tema de peça no Fringe

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“A rainha das fadas” aborda temática controversa de forma fantasiosa e musical.
Por Anelise Wickert, Mariana Valore e Matheus Pferl
A peça “A rainha das fadas”, que teve sua última apresentação nesta quarta-feira (04) no Teatro Universitário de Curitiba (TUC), retrata a ingenuidade de um casal de irmãos, Julia e Lucas, que após serem vítimas de violência doméstica pelo pai, se encontram dentro do Reino das Fadas e percebem que não é o lugar maravilhoso que imaginavam.
De acordo com a diretora e escritora do espetáculo Carol Socodolski, “A rainha das fadas” traz de uma maneira divertida um assunto controverso e pouco abordado. Carol também explica melhor o seu roteiro, que é aberto a vários tipos de interpretação. “A rainha das fadas é uma alegoria para Deus, o livro da rainha seria a Bíblia e as fadas são como anjos. O elfo é o preconceito religioso, é tudo que não se encaixa naquilo que as pessoas acreditam que é certo”. Porém, ela diz que o público está livre para interpretar como quiser.
Gabriel Cordeiro, estudante de Publicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), dá vida ao personagem Lucas, que durante a peça se encontra no lado ruim da Rainha das Fadas por duvidar da sua existência, conta que se identificou com seu personagem. “No momento da minha vida, esse personagem se encaixou perfeitamente, esse questionamento de Deus, acreditar ou não”.
O espetáculo encerrou hoje, mas a companhia Cocar (Coletivo de Cultura e Arte) ainda se apresentará no Festival de Curitiba com o espetáculo “E nem foi tempo perdido” nos dias 5 e 6. Cerca de 26 espectadores acompanharam a peça que começou às 15h e teve aproximadamente uma hora de duração.
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