Live com Guga Chacra abre semestre da Escola de Belas Artes da PUCPR

por Eduardo Veiga Nogueira
Live com Guga Chacra abre semestre da Escola de Belas Artes da PUCPR

Jornalista falou sobre temas como Covid-19, trabalho e comunicação

Por Eduardo Veiga Nogueira | Foto: YouTube

O jornalista e correspondente do Grupo Globo em Nova York Guga Chacra participou, na manhã desta terça-feira (16), de uma live de abertura do semestre letivo e de acolhida aos estudantes da Escola de Belas Artes (EBA) da PUCPR. A conversa foi conduzida por uma das coordenadoras dos cursos Multicom da Escola, professora Suyanne Tolentino. A transmissão ao vivo aconteceu pelo canal de YouTube da EBA e está disponível para ser assistida.

Entre outros temas, Chacra falou sobre a situação da pandemia no mundo e as transformações em mercados criativos, como os de Comunicação, Artes, Design e Arquitetura. Ele encerrou a conversa dando dicas aos universitários para construir uma carreira profissional de sucesso.

As perguntas respondidas pelo convidado foram enviadas por estudantes e professores que participaram da live. O professor do curso de design Rafael Camargo fez ilustrações sobre os assuntos abordados ao longo da conversa. 

Ao final do evento, foi divulgada a identidade visual feita em homenagem aos 60 anos do curso de jornalismo da PUCPR, que se completam neste ano. A live contou também com apresentação dos coordenadores dos cursos da EBA e recepção feita pela pastoral universitária. Cerca de mil pessoas participaram da transmissão.

“Quem está entrando na faculdade hoje vai encontrar um mundo completamente diferente daqui quatro anos”

O jornalista começou falando sobre como a Covid-19 vai alterar o mundo. Ao comentar sobre o ingresso na universidade durante a pandemia, Chacra lembrou do atentado terrorista às torres gêmeas, em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001. Segundo ele, nos anos que sucederam o ataque, havia “um enorme temor de atentado terrorista em Nova York e em outras partes do mundo”, da mesma forma como existe hoje o medo da contaminação pelo coronavírus.

Chacra afirma que, naquela época, o temor não se confirmou, e que o mesmo deve acontecer agora. “Quem está entrando na faculdade hoje vai encontrar um mundo completamente diferente” quando sair.

Ele também falou sobre a evolução da pandemia nos Estados Unidos, ressaltando como a chegada de Joe Biden à presidência do país diminuiu a polarização, causada pelo antecessor Donald Trump, em torno do uso de máscaras e de remédios ineficazes contra a Covid-19.  Sobre a imunização da população americana, Chacra disse que, “até maio, haverá vacina para toda a população adulta dos Estados Unidos”. Para o jornalista, cada país está passando por uma situação específica, e “o Brasil está entre os piores”. 

“O jornalista tem que ser multimídia”

Perguntado sobre a atuação profissional no campo da Comunicação, o convidado afirmou que, atualmente, “o jornalista tem que ser multimídia”, superando a maneira como os profissionais do passado trabalhavam. “Tem que saber gravar, escrever, editar, fazer podcast, atuar em todas as áreas”, respondeu Chacra. Para ele, estudantes e profissionais terão de se adaptar às mudanças trazidas pela pandemia, pois a maior presença de atividades à distância pode permanecer, mesmo após o fim do distanciamento social causado pela Covid-19. 

Por outro lado, o jornalista destacou a importância da Internet, que possibilitou a continuação das aulas e do trabalho mesmo com a pandemia. Ele concluiu ressaltando as vantagens trazidas pela internet, e disse que ela “abriu espaço para quem tem curiosidade de conhecer o mundo”.

“Quando você fica fora, você enxerga melhor o Brasil”

Ao pedirem dicas para os calouros, Chacra falou sobre a importância de conhecer outros países, pois, segundo ele, “quando você fica fora, você enxerga melhor o Brasil”. Ele reforçou a necessidade de aproveitar oportunidades para conhecer outras culturas, seja viajando ou morando no exterior. Ele, ainda, chamou a atenção para as “segundas cidades”. “Quantas pessoas você conhece que foram para Londres? Um monte. Quantas você conhece que foram para Manchester? Pouquíssimas”, afirmou o convidado, indicando que, muitas vezes, é possível conhecer mais profundamente a cultura de um país morando em cidades secundárias.

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