Onze paratletas curitibanos participam da 16° Paralimpíada em Tóquio

por Bruna Naomi Noda Pelegrini
Onze paratletas curitibanos participam da 16° Paralimpíada em Tóquio

Delegação paraolímpica do Brasil conta com paratletas curitibanos e um nadador da PUC-PR em busca de medalhas

Por Bruna Pelegrini, Bruno Akio, Felipe Artigas e Julia Barossi | Foto: Daniel Zappe

A XVI edição dos jogos paralímpicos em Tóquio estreou na última terça (24), e teve a primeira aparição de paratletas curitibanos. Neste ano, a delegação brasileira terá 259 atletas, totalizando 435 com a comissão técnica, médica e administrativa. Esse número é o maior nas edições fora do país: o recorde foi em 2012, em Londres, onde o Brasil contava com 178 atletas. A edição de Tóquio fica atrás dos jogos do Rio-2016: 286 integrantes.

Naturalidade dos atletas

Dos 41 paratletas na região Sul, 11 são curitibanos, sendo eles: Daniel Jorge da Silva e Anderson Rodrigues dos Santos, do Vôlei Sentado; Jefferson da Conceição Gonçalves, Cássio Lopes dos Reis e Gledson da Paixão Barros, do Futebol de 5; Carminha Oliveira, da Esgrima; Vitor Tavares, do Badminton; Mari Santilli e Adriana Azevedo, da Canoagem e o triatleta Ronan Cordeiro juntamente do Eric Tobera.

Representante do Brasil na natação, Eric Tobera, natural de Telêmaco Borba, é nadador da PUC-PR e sua convocação foi realizada no dia 6 de julho. “Quero apenas deixar registrado o meu orgulho de ser sangue bordô, a equipe da PUC-PR, aos clubes Santa Mônica Clube de Campo e Sociedade de Ginástica de São Bento do Sul (SC) pelo acolhimento e por cederem suas dependências para meu treinamento neste momento de pandemia”, comenta Eric em entrevista cedida à Prefeitura de Telêmaco Borba.

Segundo Eric, sua maior dificuldade sendo um paratleta é a falta de apoio financeiro e patrocínios, pois a equipe profissional é muito cara. Com a pandemia, a situação complicou ainda mais por faltar locais para treinar; o nadador realiza treinos de alto rendimento há 8 anos, com média de 8 horas de treinamento diários, e o maior medo era perder o treinamento físico. A solução foi treinar na casa de seu técnico, onde chegaram a construir uma piscina.

Até quatro anos, o nadador era apenas atleta da equipe PUC, onde recebia suporte com espaço físico: piscina, academia, ginásio e o técnico para treinamento. Há 3 anos, a universidade criou a função de atleta e, assim, os contrataram: agora, Eric recebe salário e tem os direitos de qualquer funcionário.

Após a visibilidade alcançada com as olimpíadas em Tóquio, o que se espera é que aconteça o mesmo com as paralímpiadas, já que os esportes passam por dificuldades como a falta de locais adequados e de profissionais que atuem na área. Técnico do futebol de 5, Fabio Costa comenta: “o poder público precisa investir mais, não temos atletas que sobrevivem apenas do esporte.”

Com o crescimento da participação brasileira, as expectativas sobre o desempenho da delegação aumentam junto. Fabio diz estar otimista com mais uma participação no esporte. “O Brasil sempre faz um bom papel. No futebol de 5 mesmo, nunca perdemos o ouro”.

O recorde do Brasil foi em casa, em 2016, com 14 medalhas de ouro, 29 de prata e 29 de bronze, finalizando a competição em 8º lugar. A expectativa para Tóquio 2020 é a expansão desse número.

Quadro de medalhas do Brasil em edições anteriores

 

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