Projeto de lei proíbe cobrança de estacionamento para universitários

por Maria Vitoria Pessoa
Projeto de lei proíbe cobrança de estacionamento para universitários

Alunos de instituições privadas são contra os serviços de estacionamentos terceirizados

Por Maria Vitória Pessoa

A Comissão da Constituição e Justiça da Camara Municipal de Curitiba (CCJ) aprovou no mês de abril o projeto de lei com competência suplementar municipal e de interesse local em que proíbe a cobrança do serviço de estacionamento dos alunos nas universidades particulares em Curitiba, desenvolvido pelo vereador Professor Euler (PSD).

Segundo o vereador, o projeto foi elaborado com base no código de defesa do consumidor, prestação de serviço das instituições e a proibição de venda casada para comprovar que as universidades privadas não precisariam dos serviços terceirizados e com taxas elevadas. “Ao matricular o aluno, a instituição deve oferecer o serviço de estacionamento gratuitamente. O aluno não é cliente esporádico, no qual decide deixar o carro no estacionamento ou não. Ele assinou um contrato em que é obrigado a ir às aulas e tem o direito ao estacionamento”, cita Euler.

O vereador relata que o serviço do estacionamento já está embutido na mensalidade e muitos alunos não sabem disso.  “Esse fato que ocorre da cobrança do estacionamento é considerado como a dupla cobrança sobre o mesmo serviço. O aluno não pode ser compelido a adquirir dois serviços, pois é contra as leis da Constituição Federal e o único objetivo dele é tão somente o de estudar e se formar”, diz o vereador.

Os Diretórios Centrais dos Estudantes (DCE) das universidades privadas em Curitiba têm recorrido a protestos contra as cobranças de privatização dos serviços terceirizados dos estacionamentos cedidos nos campus, segundo a presidente do corpo discente Giovana Vilela da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

A implementação dos serviços terceirizados de estacionamentos iniciou nas férias de dezembro de 2015, de acordo com as informações da vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes da PUCPR, Geovana Machado. Contudo, a vice-presidente relata que quando o estacionamento passou a ser cobrado, a mensalidade naquele ano ainda foi aumentada em 12%.

“Por muitos anos o estacionamento não foi pago. Pagamos por um serviço que a universidade tem condições suficientes para manter sem que precise cobrar a mais dos estudantes. Há documentos que comprovam que a universidade tem receitas operacionais que sustentam este tipo de serviço. O DCE tem a função de ser porta-voz de todos os estudantes que se sentem prejudicados com este fato e desejamos que o projeto de lei do vereador Professor Euler consiga ser aprovado por todas as instituições, para que proíbe a cobrarem estacionamentos dos alunos”, diz a vice-presidente.

O estudante de Medicina, Marcos Roberto Machado Filho, que utiliza o estacionamento pago todos os dias, diz que o estacionamento deveria ser um direito básico para todos os estudantes. Machado é a favor do projeto de lei e espera resultados positivos com a aprovação do projeto na instituição que estuda.

Ao entrar em contato com a assessoria de imprensa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná sobre o tema do projeto de lei, o departamento de serviço de estacionamento não apresentou um posicionamento definido sobre a aprovação do projeto dentro da instituição.

Os serviços pagos aumenta segurança

Os serviços de estacionamentos terceirizado, que são solicitados por empresas, têm a responsabilidade civil no qual diminui os riscos de furtos, aumenta a segurança e exerce a posição de resolver qualquer prejuízo para os usuários, de acordo as informações disponibilizadas no site Justiça Brasil.

Rogério Ribeiro Lima, diretor comercial do Autopark, empresa que presta serviço de estacionamento e segurança nos shoppings em Curitiba, fala sobre as vantagens que o usuário recebe quando paga o estacionamento. “As vantagens sobre o estacionamento pago é a segurança e qualidade. Você quer chegar, sair e ter certeza que seu carro ainda está ali em perfeito estado e tem câmeras instaladas e tudo pronto pra correr atrás do prejuízo”, diz Ribeiro.

O vereador Professor Euler, que desenvolveu o projeto de lei que proíbe cobrar estacionamento em universidades privadas, diz que o serviço realizado para os estabelecimentos como shopping ou supermercados devem ser cobrados pelo fato das pessoas terem o livre arbítrio de ir ou não naquele estabelecimento e decidir se deixa o carro dentro ou fora do estacionamento privado.

O estudante de Medicina, Marcos Roberto Machado Filho, concorda com o diretor do Autopark e pontua que o estacionamento de um shopping tem a mesma função de segurança que o da universidade, como manutenção, câmeras e que se retirar poderá causar mais prejuízos para os alunos.

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