Marisa Lobo

por Sarah
Marisa Lobo

Reprodução: Divulgacand Contas

A candidata à prefeitura de Curitiba pelo Avante (70) Marisa Lobo se autodenomina “psicóloga cristã” e é autora de 11 livros. Ficou conhecida por ser ativista conservadora e defensora do presidente Jair Bolsonaro. O vice-prefeito da chapa é Rômulo Quenehen. Em 2013 houve um julgamento do processo de cassação de seu registro de psicóloga após o Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) questionar a vinculação de sua profissão e opiniões preconceituosas que emitiu. Em 2018, Marisa se candidatou à deputada federal, mas não foi eleita.

Confira as checagens feitas pela nossa equipe:

“O Presidente Bolsonaro tem 64% de aprovação dos eleitores aqui em Curitiba”

A candidata Marisa Lobo publicou no dia 29 de outubro um vídeo de sua campanha eleitoral em seu twitter. Ela afirma, que o Presidente Bolsonaro tem um índice de 64% de aprovação dos eleitores em Curitiba.

Informações discutíveis, subestimadas ou exageradas

O índice apontado por Marisa é exagerado. De acordo com uma pesquisa do IBOPE/RPC, divulgado pela Tribuna do Paraná em 22 de outubro, 42% dos entrevistados avaliou o Governo do Presidente como Bom/Ótimo. A pesquisa ouviu 805 eleitores e a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Portanto, o Presidente teria em outubro uma aprovação entre 39% – 45%, dezenove pontos percentuais a menos do que o afirmado pela candidata.

Já no dia 4 de setembro, uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas divulgada pelo portal R7 apontou que 59,8% dos curitibanos aprovam a gestão do presidente. A pesquisa também possui a margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, assim, a aprovação de Bolsonaro estaria entre 56,8% – 62,8%. Uma diferença de 1,2 pontos percentuais ao afirmado na campanha de Marisa Lobo.

“Estamos com a ciência e não com a política! OMS pede desculpa pelo erro na controvérsia sobre a hidroxicloroquina”

Reprodução: Facebook

Marisa postou em seu Facebook no primeiro de novembro um print de uma suposta reportagem com o título “OMS pede desculpa pelo erro na controvérsia sobre a hidroxicloroquina”, junto com uma arte falando sobre o Covid-19, a proposta do tratamento com cloroquina em 2021 seguindo protocolos de sucesso e que a candidata está “com a ciência, e não com a política.”

Informação checada e verificada como falsa

Na verdade, é falsa a notícia que diz que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recuou sobre a contraindicação da hidroxicloroquina no tratamento ao novo coronavírus.

A organização Pan-Americana de Saúde, representante da OMS nas Américas, confirmou para a CBN que não houve nenhum tipo de mudança, erro ou pedido de desculpas em relação às recomendações de não utilizar a hidroxicloroquina contra o novo coronavírus. Também não há nenhum indício de postagem ou documento oficial que comprove o compartilhamento dessa informação. A medicação continua não sendo recomendada pela OMS e não há estudos científicos que deem embasamento ao seu uso.

“Quem poderia dizer que um templo religioso não é essencial, principalmente durante uma Guerra Mundial?”

Reprodução: Facebook

Marina Lobo publicou em sua página do Facebook no dia 29 de outubro um breve texto reprovando o posicionamento e decreto do atual prefeito de Curitiba, Greca, em relação aos serviços essenciais que podem ser abertos durante o isolamento social e a pandemia do Coronavírus. Além disso, afirma que repudia a ideia de um templo religioso não ser essencial principalmente durante uma guerra mundial. “Quem poderia dizer que um templo religioso não é essencial, principalmente durante uma Guerra Mundial?”. Após afirmar que manicures, serventes de pedreiros, vendedores de lanche e ambulantes serem essenciais em seus serviços, a imagem que acompanha o post chama a atenção apenas para os templos religiosos, assim como o último parágrafo o qual a candidata dá preferência ao respeito com as atividades religiosas.

Apesar de conflitos armados estarem acontecendo em diversas partes do mundo, como na Síria e Afeganistão, não são embates a nível global, portanto, não se pode considerar a ocorrência de uma guerra mundial.

Por Gabrielly Dering, Sarah Guilhermo e Stephanie Friesen