Abstenção de votos cresce no Paraná no primeiro turno de 2022

por Ana Lúcia Sonntag
Abstenção de votos cresce no Paraná no primeiro turno de 2022

Mauro Chaves, Técnico de Audiovisual

A ausência de votos atingiu recorde depois de 20 anos

Por Ana Lúcia Sonntag e Mariana Aquino

O número de eleitores que deixaram de votar no Paraná, no primeiro turno das eleições, no último domingo (2), foi o maior em 20 anos, sendo 1.651.892, o que representa 20% do eleitorado. Quatro anos antes, em 2018, o percentual de paranaenses que não compareceram às urnas foi de 16,96%.

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O Paraná registrou, ainda, o total de 3,83% de votos nulos e brancos durante a eleição de 2022. Os votos brancos representam o total de 152.885 (2,24%) e os nulos 108.894 (1,59%). Desse modo, o estado registrou uma queda em comparação à eleição de 2018, em que os votos brancos e nulos chegaram a 290.303 (4,4%). 

Curitiba, por outro lado, teve neste ano um índice de abstenção menor do que em 2020, quando o cenário de pandemia afastou muitos eleitores das urnas. Naquele ano, houve 407.421 de faltantes, que representaram 30,18% do eleitorado. Já neste ano, a cidade obteve índice de abstenção de 18,56%.

Abstenção cresce no Brasil 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que a abstenção do eleitorado total nas quatro últimas eleições cresceu seguidamente nos primeiros turnos das quatro últimas votações para presidente – de pouco mais de 16%, em 2006, até ultrapassar 20%, em 2022. 

A abstenção de votos no país chegou, neste ano, a 32,7 milhões (20,94%) de eleitores. Este percentual é o maior desde a eleição de 1998, que registrou 21,5% do eleitorado faltante. Nas eleições de 2018, 30 milhões de eleitores brasileiro estavam aptos a votar, mas não compareceram, o que representou 20,32% do total. 

O estado que, neste ano, liderou a abstenção de votos foi Rondônia, com 24,6%. Em São Paulo, a taxa foi de 21,6%. Em Minas Gerais, a taxa chegou a 22,2%.

Segundo especialistas, os fatores que levam a abstenção de votos são o nível de escolaridade e renda. As parcelas mais pobres e menos escolarizadas do eleitorado costumam comparecer menos às urnas no Brasil. Outro ponto, é a maior polarização política presente no cenário eleitoral atual. 

É relevante salientar que o eleitor que não puder comparecer à votação deve justificar a sua ausência. Do contrário, sua situação perante a Justiça Eleitoral ficará irregular, o que poderá acarretar uma série de problemas, como a impossibilidade de se inscrever em concurso ou prova para cargo ou função pública. 

 

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