Gleisi Hoffmann encerra sabatinas da Rede Mercosul

por Julius Nunes
Gleisi Hoffmann encerra sabatinas da Rede Mercosul

Em participação gravada, a petista foi a última da série de programas especiais

Por Matheus Urbano

Candidata pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann encerrou a série de sabatinas com os candidatos ao governo do Paraná realizada pela Rede Mercosul – Record News Paraná. A ex-ministra chefe da casa civil do governo Dilma contou sobre o que pretende fazer no Estado pelos próximos quatro anos.

Gleisi Hoffmann, candidata do PT ao governo do Paraná (Imagem: divulgação Rede Mercosul - Record News PR)

Gleisi Hoffmann, candidata do PT ao governo do Paraná (Imagem: divulgação Rede Mercosul – Record News PR)

Gleisi, que possuía uma posição privilegiada no governo da presidenta Dilma Roussef revelou o motivo de ter decidido se candidatar esse ano: “Pensei muito se deveria ser candidata ou não. Pesei, observando como se comportou o atual governador nestes quatro anos. Nunca vi o governador ir a Brasília com os prefeitos, sentar com a ministra do planejamento e dizer quais eram os projetos do Estado”, disse.

A candidata também foi questionada sobre o financiamento de campanha. A petista tem uma campanha orçada em R$ 2,5 milhões, apesar de ser declaradamente contra o método. “Recebo doações de campanha desde 2006, temos um sistema de financiamento de campanha com o qual não concordo, mas temos que pedir isso e faço de acordo com a legislação, ao contrário do candidato à reeleição que não queria mostrar suas doações ao TRE”, numa provocação clara a Beto Richa.

Quanto a questão da reforma política, a candidata defendeu os posicionamentos de Dilma Rousseff. “Porque ter eleição de 2 em 2 anos? Eu defendo juntar as eleições e falar sobre o voto facultativo”, afirmou. E em uma das declarações sobre a corrupção no PT, ela afirmou que houve sim corrupção, mas nada foi jogado “debaixo do tapete”.

“Que outro governo teve coragem de por membros dos partidos presos? Vai dizer que só nesse governo teve desvios? Este é o governo que mais teve liberdade de imprensa. Tem organizações que são frágeis para desvios. Mas esse governo não os escondeu, não engavetou”, defendeu Gleisi.

As provocações ao candidato à reeleição, o tucano Beto Richa, continuaram: “Não entendo o porque se candidatou ao governo se não sabe administrar. O governo do Estado estava gastando mais do que devia, gastava muito com cargos comissionados”.

Dentre as promessas de seu plano de governo, a petista promete investir bem mais que os 12%, que é obrigatório que o estado invista, em saúde. Quanto ao pedágio, a candidata falou que já mandou a o Tribunal de Contas do Paraná (TCE) uma auditoria a ser feita para um rebalanceamento do valor.

Gleisi também falou sobre a ideia de trazer o “Mais Médicos” para o Paraná se for eleita. “Demora quase oito anos para formarmos aqui. Vamos lançar o ‘Mais Médicos Especialistas’”. E quando questionada sobre a questão dos recursos do Estado, a candidata foi categórica: “Vamos ter recursos e porque vamos usar direito o dinheiro. Eu vou fazer a fundação funcionar”, declarou.