Medida de proteção aos jornalistas está em andamento

por Ex-alunos
Medida de proteção aos jornalistas está em andamento

Confira o posicionamento de profissionais do Paraná que estão sujeitos às regras que serão impostas futuramente

Por Marcela Carvalho

O governo federal anunciará nesta semana uma medida de proteção aos jornalistas. A informação foi confirmada pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que está em Genebra para a discussão da medida que preza por uma segurança mais apropriada e eficaz aos comunicadores.

As recomendações serão feitas não apenas para profissionais da área da comunicação, mas para o governo e os policias. O propósito é de que se tenha treinamentos para que todos os envolvidos na medida saibam sobre seus limites na hora de atuar em protestos e buscas investigativas.

Segundo o delegado do 1º Distrito Policial de Curitiba, Rubens Recalcatti, é válido que os profissionais da área de segurança e comunicação passem por treinamentos já que para ele muitas vezes o comunicador interfere em determinadas ações de risco. De acordo com o delegado, a estipulação de normas será necessária para que todos compreendam o espaço de cada profissional e não sejam vítimas de uma ação mais violenta. “É importante que existam regras para que ninguém corra risco de vida”, explica.

Para o presidente do Sindicato de Jornalistas de Curitiba, Guilherme Carvalho, a medida é muito importante para que a população, e principalmente os policiais, tenham uma nova visão sobre o trabalho dos jornalistas.  Segundo ele, além dos manifestantes, os próprios policiais são um dos agressores, pois acabam confundindo o comunicador, que está em seu horário de trabalho, como um manifestante.

Carvalho pontua que, além desse aspecto de uma nova visão, a medida é essencial para os jornalistas porque muitos deles estão sujeitos a uma situação de trabalho que os coloca em risco e muitos acabam sendo alvo de violência. “Tem que existir um olhar diferenciado para o jornalista para que ele faça seu trabalho direito, pois ele não é um manifestante, ele apenas está exercendo sua profissão”, finaliza.

A medida foi um dos pontos destacados no discurso da ministra Maria do Rosário ao Conselho de Direitos Humanos da ONU no dia 06 de março, e ainda nesta semana será anunciada pelo governo.