Algodão-doce, videogame e pílula filosófica: primeiro dia de Planeta PUC traz novidades para visitantes

Com projetos realizados pelos alunos, cursos promovem informações sobre formação e mercado de trabalho

Por Talita Souza

Nesta quinta-feira, dia sete, começou o Planeta PUC, feira de profissões da universidade. Alunos de todos os cursos de graduação demonstraram sua área de atuação por meio de projetos desenvolvidos nas atividades acadêmicas.

Algodão-doce automático

Os participantes do Planeta PUC puderam experimentar um algodão-doce feito de forma programada por sistema desenvolvido no curso de Engenharia de Controle e Automação. A atração chamou atenção para o estande da Escola Politécnica e quebrou preconceitos sobre as funções desempenhadas pelos engenheiros.

No 10º período de engenharia, Rennan Ines foi o responsável pelo trabalho. Ele conta demorou 3 dias e usou recursos uma impressora 3D para criar o sistema que, apesar de ter funções simples, despertasse a curiosidade dos futuros universitários. “A minha ideia era fazer um projeto para falar que a engenharia é acessível. Eu me divirto todas as vezes que venho para a faculdade. Para mim é um monte de brinquedos”, diz.

Foi por conta do algodão-doce que Stella Frisen Augusto, estudante do 4º ano do ensino médio técnico, descobriu sua afinidade com controle e automação: “Eu cheguei em dúvida entre Sociologia e Biologia. Fui à procura desses 2 cursos e por acado me interessei por Engenharia de Automação e é isso, acho que decidi”, relata.

“Para realizar projetos como esse, os futuros engenheiros elaboram uma proposta e apresentam aos professores do curso. Depois disso, vão aos laboratórios criar o protótipo”, explica o técnico laboratorial Hugo Henrique. Ele ressalta que esse processo é feito de modo autônomo pelos desenvolvedores.

Arcade, Joystick, ou RPG

O curso de Tecnologia em Jogos Digitais trouxe um estande interativo para o Planeta PUC deste ano. Os visitantes do evento podem jogar nos projetos feitos pelos próprios estudantes, que vão desde uma máquina arcade até óculos de realidade virtual. Um dos games disponíveis, o Wild Glory, ganhou o Simpósio Brasileiro de Games (SB Games) como melhor jogo criado por um estudante.

Segundo o coordenador de Tecnologia em Jogos Digitais, Bruno Compagnolo de Paula, esses produtos são feitos em parceria com cursos de Música e Design, aproveitando a especialidade de cada um. Ele confessa: “Fico muito feliz quando meus alunos, ficam emocionados com o pessoal gostando dos jogos deles que estão sendo mostrados para o grande público”, afirma.

O estudante João Vitor Coldebella da Silva é responsável pelo Gosth Party, um jogo de plataforma 2d em que a proposta é interpretar um fantasma que foge de caça-fantasmas
ao mesmo tempo em que resgata seus amigos. Ele diz que o curso abriu seus olhos para o mercado de trabalho. “Eu entrei porque gostava de jogar e pensava que só podiam trabalhar com jogos de grandes empresas”.

Dose de Filosofia

A atração no estande de Filosofia do Planeta PUC é um cubo imersivo. Lá, os estudantes participam de pequenas palestras, chamadas de pílulas filosóficas, sobre temas trabalhados no curso, e são incentivados a realizar um debate.

A ideia é apresentar uma visão geral da filosofia, desde a Grécia Antiga, Idade Média, Idade Moderna até a Idade Contemporânea, realizando um percurso histórico.

Camila Batista é uma das ministrantes. Formada em Filosofia, ela utilizou o tema que atualmente pesquisa no mestrado para formular a imersão. “A ideia da pílula filosófica é que a gente lance um tema e ponha questionamentos. A minha proposta é levar a questionar quem são as mulheres na filosofia”, explica.

Curiosa com a estrutura montada, Caroline Sommer, estudante do 3º ano do ensino médio relata sua experiência: “Achei muito bacana essa. Pretendo fazer um curso ligado a design, mas o cubo atiçou minha curiosidade”, conta.