Animais podem ser aliados no enfrentamento do isolamento social 

por Ex-alunos
Animais podem ser aliados no enfrentamento do isolamento social 

Frente à pandemia do coronavírus, bichos de estimação são companhia de boa parte das famílias brasileiras para enfrentar a quarentena

Por Aline Tave, Lorena Souza, Mariana Meyer e Marina Lopes

* Este é um conteúdo patrocinado, desenvolvido na disciplina de Branded Content, sem, contudo, remuneração efetiva aos estudantes que o desenvolveram. *

As medidas de distanciamento social adotadas para diminuir o contágio por COVID-19 têm obrigado muitas pessoas a ficarem em casa nos últimos dias. Com menos tempo de deslocamento para trabalho, mais tempo livre, aulas suspensas e trabalhos remotos, a vontade de ter um animal de estimação ganha mais adeptos a cada dia que passa.

Segundo a psicóloga Tainá Tatagiba, especialista em Psicologia Comportamental, já existem diversos estudos que comprovam os benefícios de se ter um bicho de estimação. “ Conviver com um animal  melhora nosso humor, diminui o estresse e ainda aumenta nossa autoestima. Além de estimular nosso senso de responsabilidade, por termos alguém que depende da gente e que temos que estar cuidando.”

No Brasil, a quantidade de animais de estimação contabilizados até 2018 chegou a cerca de 139, 3 milhões, de acordo pesquisa realizada pelo IBGE e atualizada pelo Instituto Pet Brasil. Em 2013, a população pet no Brasil era de 132,4 milhões de animais. Tal tendência de crescimento, pode facilitar também na busca de famílias que escolhem adotar animais abandonados.

De acordo com outro levantamento feito pelo Instituto Pet Brasil, existem hoje em todo território nacional, aproximadamente 370 ONGs atuando na proteção animal, e uma população de 172 mil, entre cães e gatos, esperando por um novo lar seguro.

Quando adotar é o melhor caminho a seguir

Esse foi o caso da estudante de Relações Públicas, Andressa Tiezzi, de 23 anos, que buscou por mais de um mês, um animalzinho como companhia para ajudar em seu tratamento contra a depressão. E depois de percorrer algumas feiras pela cidade, ela conheceu a Linda. Que desde o início, já escolheu o colo da estudante como seu lugar preferido

Andressa e sua companheira Linda / Arquivo pessoal

“Adotar me fez mudar minha visão, porque hoje tenho um serzinho que depende de mim e que poderia estar na rua. Comecei a perceber que eles têm uma gratidão pela gente. E sempre nos passam isso por meio do olhar, atitudes e carências. Por isso acredito muito no poder da adoção”, conta.

Nesse período de distanciamento social, a estudante conta que não estaria conseguindo lidar tão bem com essa situação, se não tivesse a companhia e o carinho da sua pet.

Para a Andressa adotar um animal também significou um desafio. Morar sozinha e em um apartamento pequeno, exigiu mais responsabilidade e adaptações no seu dia a dia. “ Tive que entender que se eu organizasse bem minha rotina, tudo daria certo. No início bateu um pouco de medo, mas depois consegui me adaptar com facilidade à todas as mudanças. E hoje já penso em adotar outro animalzinho”.

Adoção de animais como forma de conscientização 

Com o objetivo de conscientizar e engajar o maior número de pessoas a respeito da situação dos animais de rua, o Instituto Aumigão tem realizado há dois anos o resgate e proteção de centenas de cães e gatos, na região metropolitana de Curitiba. 

Para Anne Matoso, protetora atuante no Instituto, incentivar a adoção de animais e a denúncia aos maus tratos é uma maneira importante de protegê-los contra a violência. “Nosso objetivo é encontrar lares amorosos e seguros, para esses animais que já sofreram tanto. E só podemos fazer isso através da divulgação de informação e do engajamento das pessoas.”

Nesse período de isolamento social, em que as feiras de adoção não podem ser realizadas, as protetoras tiveram que se adaptar e organizar novas maneiras de encontrar lares seguros para os pets do projeto. Por meio de entrevistas feitas de maneira digital, elas conseguem encontrar pessoas que se encaixam no perfil ideal como adotante e, assim, podem finalizar o processo de adoção, presencialmente, a partir da assinatura do termo de responsabilidade. 

Barth é um dos cães que está para adoção no Instituto Aumigão/ Arquivo pessoal

Apesar das dificuldades causadas pela quarentena, Anne explica que o Instituto Aumigão conseguiu nessas últimas três semanas,  encontrar pessoas e famílias dispostas a mudarem a vida de cerca de 25 animais do projeto, por meio da adoção responsável.