Ato contra Bolsonaro reúne cerca de 20 mil pessoas em Curitiba

por Guilherme Seisuke da Silva Araki
Ato contra Bolsonaro reúne cerca de 20 mil pessoas em Curitiba

Maioria dos manifestantes seguiu protocolo de segurança da OMS em protestos realizados em diversas cidades brasileiras e do exterior

Por Julia Barossi e Guilherme Araki | Foto: Guilherme Araki

Neste sábado (29), 213 cidades no Brasil e 14 cidades ao redor do mundo realizaram manifestações reivindicando agilidade na vacinação, auxílio emergencial de R$ 600 e o impeachment do atual presidente da República, Jair Bolsonaro. Em Curitiba, o ato ocorreu às 16h, na praça Santos Andrade, e contou com cerca de 20 mil pessoas, segundo os organizadores.

A maioria dos manifestantes respeitou as medidas de segurança estabelecidas pela OMS contra a Covid-19: uso de máscaras, distanciamento social e uso de álcool em gel. Para o economista José da Silveira, de 57 anos, presente no ato em Curitiba, o protesto foi o início de um grande movimento popular. “O medo da Covid, na verdade, é um ato de consciência”, comenta. “Temos consciência de que é uma necessidade estar aqui hoje. É hora de tomar atitude, marcar posição e avançar”. Além disso, José afirma que estava tomando todos os cuidados e seguindo um princípio científico. “Estamos em um ambiente aberto e a grande maioria com máscara KN95 e PFF2.”

O Brasil é o segundo país com mais mortes decorrentes da Covid-19 no mundo e esse fato foi uma das principais revoltas que levaram a população à rua. A enfermeira Leticia Cabral diz que decidiu ir à manifestação, mesmo reconhecendo que se trata de um momento delicado para esse tipo de evento público. “Quando um governo causa mais danos e perigo do que o próprio vírus, é momento da sociedade dar uma resposta”, diz. “É extremamente doloroso ver que essas mais de 450 mil mortes poderiam ter sido evitadas. As denúncias da CPI nos trazem isso. Poderia ter tido vacina para essa população e essa é a minha maior tristeza.”