Aumenta o consumo do gás de cozinha no inverno em Curitiba

por Tayna Cauane Machado
Aumenta o consumo do gás de cozinha no inverno em Curitiba

Com a chegada das estações mais frias a utilização do produto cresce devido a maior necessidade da população curitibana

Por Tayná Machado | Foto: Tayná Machado

O uso do gás de cozinha aumenta no outono/inverno, em razão de o clima estar mais frio as pessoas ficam mais tempo em suas casas, o que influencia no maior consumo de água, luz e consequentemente do GLP p13. Assim, os curitibanos acabam utilizando mais o produto para preparar e aquecer os alimentos, logo há uma demanda maior de tempo, pois os itens ficam com a sensação térmica do ambiente.

A água por exemplo, durante o calor leva cerca de um minuto para ferver, já no frio são cerca de três por estar mais gelada é o que explica Kelvy Joilson, gerente da Super Gás Brás do bairro Novo Mundo. Além disso, ele, que está no ramo há seis anos, enfatiza que as vendas no inverno aumentam entre 30% a 40% em seu estabelecimento, justamente pela demanda de clientes que necessitam do produto para fins domésticos.

Em Curitiba, o frio é intenso e por esse motivo a cidade leva o título de capital mais fria do país. Antonio Durval que está no meio há trinta anos e há dois é proprietário da Neto Gás relata que esse acréscimo ocorre em todos os invernos. No mês de janeiro, a média de vendas gira em torno de 1200 botijões e em julho varia de 1800 a 2000 justamente pela necessidade dos moradores da capital. Ou seja, o aumento chega a cerca de 50%em sua unidade.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no dia 13 de março de 2023, o preço do botijão se manteve estável na região Sul, logo após uma queda de (-0,51%) na semana anterior. Assim, o comerciante Vilson Souza, que trabalha com as vendas do item há um ano, conta que o valor sempre varia, pois no verão o consumo diminui, logo é necessário reajustes para movimentar as vendas. Ele também afirma que no mês de janeiro a saída diária é de 6 a 7 botijões e em julho pode chegar a até 15 unidades vendidas diariamente.

Além disso, a gasolina e o etanol tiveram a volta parcial dos impostos federais, entretanto o gás está isento da tarifa até o dia 31 de dezembro. Nesse contexto, o economista e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Lucas Lautert Dezordi detalha que a isenção vai impactar positivamente o giro de mercado. Ele também destaca que a maior inflação
ocorreu no primeiro trimestre de 2023. Assim, nos meses seguintes, os preços podem sofrer pequenas oscilações.

Em Curitiba, os valores mudam de acordo com cada revendedora. Abaixo segue a tabela com o levantamento de dez unidades de revenda.

Danton Gás – Companhia R$ 112,00
Toninho Gás – Santa Quitéria R$ 120,00
Giane Gás – Cajuru R$ 118,00
Fergas – Vila Guaíra R$ 120,00
Super Gás Brás – Novo Mundo R$ 115,00
Godoi Gás – Vila Guaíra R$ 93,00
Neto Gás – Parolin R$ 98,00
Paivinha Gás – Vila Guaíra R$ 100,00
Gás Uberaba R$ 130,00
Fogo Forte Gás R$ 110,00

*o valor final pode variar de acordo com o local de entrega

As distribuidoras refletem que com a pandemia as vendas aumentaram devido ao lockdown. No entanto, Caio Palu, dono da Fergas Comércio de Gás da Vila Guaíra relata que com a redução dos casos da Covid – 19, a saída diminuiu. O empresário acrescenta que ano passado as vendas caíram muito a partir do segundo semestre. Vale lembrar que em setembro Curitiba estava há nove dias sem mortes pela doença. No entanto, mesmo com esse acontecimento é possível ver o aumento no inverno como mostra o gráfico abaixo:

Em Agosto a empresa atingiu o maior número de giro com o total de 874 unidades vendidas. Em 2022, o oitavo mês do ano registrava máximas entre 11° e 13° graus, além das tempestades, acontecimento que também influencia a permanência das pessoas em casa. Já em dezembro, foram registradas 618 vendas. É importante ressaltar que o último verão foi atípico, mas em relação ao mês comparado as mínimas foram acima dos 17°, ou seja, as temperaturas aumentaram na capital paranaense e a distribuição do produto caiu.

Assim, mesmo com a queda no segundo semestre devido a suspensão do isolamento social, as vendas do GLP p13 se sobressaíram durante as épocas mais frias.

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