Aumenta o número de microempresas em Curitiba

por Gabriel Miranda Malucelli 01.Jan.1970

Desemprego em alta, trabalhar em casa e flexibilidade do próprio horário são um dos motivos que fizeram vários moradores da região aderir ao MEI.

Diogo, Gabriel Miranda e Isabella Serena

Pátios de casas que tornaram-se estacionamentos, vitrines, ou foram personalizados para a execução de um determinado trabalho. Desde que o país começou a sofrer com o desemprego, esta tem sido a solução para muitos moradores conseguirem obter uma renda. Para aqueles que possuem uma graduação superior, trabalhar em casa tornou-se uma escolha agradável e rentável, já que muitos preferem ser o seu “próprio chefe” e ter seu próprio horário. É o caso de Valéria Bernett e seu esposo, ambos formados pela UFPR em agroecologia, que decidiram abrir um negócio em sua casa há exatos dois anos. A partir do momento em que ganhou de presente sua primeira suculenta, fascinada pela planta, o casal de agroecólogos decidiu dar o primeiro passo para a comercialização das mesmas.

Senhorita Suculenta R. Prof. Nivaldo Braga, 673

“Por ser uma rápida, um local onde poucas pessoas passam a pé, e a grande maioria passa de carro, eram poucos os que percebiam a loja. Com as suculentas, conseguimos estabilidade devido às redes sociais. Começamos vendendo pelo Instagram e pelo Facebook, então este espaço físico é apenas uma espécie de vitrine, pois muitos que nos contactam primeiramente pela internet, gostam de vir até aqui para vê-las pessoalmente.” conta a empreendedora, que também tem clientes em outras cidades.

Residindo e trabalhando ao lado da Rua da Cidadania do bairro Cajuru, ela optou por ir pessoalmente até o Espaço Empreendedor que fica no local, para dar início ao processo de conseguir o alvará, CNPJ e outras documentações para legalizar seu negócio. O Espaço Empreendedor foi aberto em 2013 pela primeira vez na Rua da Cidadania do bairro Pinheirinho, sendo posteriormente levado para outros bairros da região, como Fazendinha-Portão, Boa Vista, Santa Felicidade, Tatuquara e Boqueirão.

Investimento
Para aqueles que procuram sucesso no ramo do microempreendedorismo, é necessário estar ciente de que há um investimento a ser feito, como capacitação empresarial, assessoria, consultoria e a principal ferramenta para atingir o seu público alvo: Marketing Digital. Foi este o truque usado por Gabriel Moraes, de 20 anos. Trabalhando como barbeiro em estabelecimentos de estética, decidiu usar sua experiência de trabalho para criar sua MEI (microempresa individual). O barbeiro conta que abriu seu próprio negócio a poucas semanas e que seus clientes o conhecem por meios digitais.

Gabriel Moraes Rua Professor Nivaldo Braga, 649

O setor de MEI que mais cresce no Brasil é o de Prestação de Serviços

Flávia Hennequim, Supervisora do Espaço Empreendedor do Cajuru, aponta que o mercado de trabalho aumentou graças aos prestadores de serviços, como construtores civil e cabeleireiros.

Nos últimos meses uma das MEI de prestação de serviços que vêm abrindo com frequência é a dos carros particulares onde o motorista trabalha para uma empresa privada que o contrata, deste modo os motoristas não gastam com funcionários e nem se comprometem com carteira assinada, explica Flávia. Já outros motoristas, que possuem um trabalho fixo, vêem no transporte particular um modo de conseguir uma renda extra, como é o caso do motorista David Wessler. Trabalhando há dois anos com montagens e vendas de cozinha industrial, ele viu nos aplicativos de carros uma alternativa de conseguir uma renda extra.

“Além de ter o meu trabalho fixo, nas horas vagas costumo ligar o aplicativo e as corridas chegam. É um ótimo meio de conseguir uma renda a mais no mês, até mesmo pelo fato de que nas viagens, o dinheiro chega instantaneamente. No entanto, tem que ter uma reserva para os gastos e manutenções que todo carro precisa.” Alerta David.

Dados referentes a MEI cadastradas no Brasil: