Candidato ao senado Paulo Martins (PL) coloca em dúvida pesquisas eleitorais

por Ivan Martins Cintra
Candidato ao senado Paulo Martins (PL) coloca em dúvida pesquisas eleitorais

A veracidade das pesquisas eleitorais é questionada por muitos candidatos, mas a metodologia é consolidada

Por Ivan Cintra

Paulo Martins (PL), deputado federal e candidato ao senado do Paraná, criticou veementemente o resultado da pesquisa de intenções de votos divulgada pelo Ipec no último sábado (01/10). O candidato se referiu a pesquisa eleitoral como criminosa. “A gente tem que esperar a urna para saber sobre o voto, não tem que apontar nenhuma pesquisa criminosa do Ipec que a RPC/Globo publicou, porque aquilo é criminoso e vai ser desmoralizado pelas urnas”, opinou. Nesta semana, o candidato do PL solicitou ao TRE-PR para que a pesquisa do instituto não fosse divulgada, mas pedido foi negado.

Ao votar por volta das 10h15 da manhã deste domingo no Colégio Positivo Bigorrilho, Paulo Martins declarou estar otimista com os resultados da urna e não acreditar nas pesquisas. Em levantamento feito pelo Ipec, instituto fundado por executivos do extinto IBOPE, o candidato ao senado tem 14% das intenções de votos; ficando atrás de Álvaro Dias (Podemos), com 41% e Sérgio Moro (União Brasil), com 35%. A pesquisa do dia 01/10 está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número PR-02084/2022.

As pesquisas eleitorais têm o intuito de fazer um retrato da intenção de voto da população brasileira, no momento da aplicação da amostragem. Cada instituto possui metodologia própria, pautada em estudos estatísticos.

O IPEC tem processo de amostragem baseado em conglomerados. Em primeiro estágio, o instituto faz um sorteio probabilístico dos municípios a fazerem parte da pesquisa. Depois são escolhidos os bairros onde as entrevistas serão realizadas. O estágio final é a escolha dos respondentes, selecionados através de cotas proporcionais de gênero, idade e escolaridade; importantes para o processo de amostragem representar a pluralidade total da população brasileira.

Para as pesquisas eleitorais de 2022, o instituto definiu a seguinte distribuição: idade entre 16 e 24 (masculino: 17%) (feminino: 15%); de 25 a 34 (masculino: 20%) (feminino 20%); de 35 a 44 (masculino: 21%) (feminino 21%); de 45 a 59 (masculino: 25%) (feminino: 26%); a partir de 60 anos (masculino: 16%) (feminino: 18%); nível de instrução até o Ensino Médio (masculino: 77%) (feminino: 72%); até o Ensino Superior (masculino: 23%) (feminino: 28%); economicamente ativo (masculino: 67%) (feminino: 47%) e não economicamente ativo (masculino: 33%) (feminino: 53%).

O nível de confiança esperado é de 95% e a margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais.