Como cuidar dos seus pets em período de pandemia

Confira dicas de especialista sobre os cuidados diários e pós-cirúrgicos de cachorros e gatos

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Por Carlos Mazetto, Gabrielly Dering, Sarah Guilhermo e Stephanie Friesen

A pandemia de coronavírus trouxe uma preocupação generalizada com a higiene. Com os pets, não é diferente: só no Paraná existem aproximadamente 5,06 milhões de animais de estimação domiciliados, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Assim surgiram dúvidas em como levá-los para passear, se deve-se castrá-los mesmo nesse período e o que fazer após procedimentos cirúrgicos.

O álcool gel é recomendado por profissionais da saúde para o combate contra o coronavírus, no entanto, o produto é tóxico para os animais e deve ser substituído por outras alternativas. Assim como o vírus se aloja em nossas roupas, também o faz nas patinhas e pelos dos pets. O médico veterinário e proprietário da clínica Viapiana, Sérgio Viapiana, comenta o principal cuidado ao voltar para casa com o pet: “É preciso limpar bem as patas com lenços umedecidos ou um pano com água e sabão neutro.” Com essa medida não é necessário dar banho no animal a cada passeio.

Alguns pontos devem ser observados ao levar o animal para tomar banho ou ser tosado em um petshop: “O indicado é marcar um horário e pegar o animal tão logo termine o procedimento, para não ficar na gaiola. É preciso evitar locais muito cheios de animais e pessoas”, ressalta Viapiana.

As roupas pós-cirúrgicas ajudam a proteger as feridas / Reprodução: Angelis, Pano de Bicho

Procura por cirurgias

A Rede de Proteção Animal de Curitiba realiza mutirões de castração mensais, com agenda específica separada por bairros da cidade. Por conta da pandemia, parou a atuação em março deste ano, mas em agosto retornou às atividades e já tem previsão de atender 12 mil pets até o fim do ano, segundo a chefe da Rede, Sueli Sasaoka.

Mesmo durante a pandemia, as cirurgias mais comuns continuam sendo de catarata, hérnia e a castração. Sérgio comenta que houve um aumento de adoções de animais e portanto, também de castrações: “A procura se deve porque as pessoas estão passando mais tempo em casa e mudando o estilo de vida.” O veterinário pontua os principais cuidados necessários no pós-operatório:

• Controle das atividades físicas;
• Limpeza das feridas cirúrgicas duas vezes ao dia;
• Administração dos medicamentos nos horários prescritos;
• Escovação diária para evitar nós no pelo
• Uso de roupinhas cirúrgicas

No pós-operatório, o mais importante é a cicatrização da ferida e dos pontos. É necessário controlar a dor do animal, evitar infecções com o uso de analgésicos e antibióticos, além do uso da roupinha para proteção das feridas. Viapiana acrescenta: “A roupa especial mantém a ferida longe de lambidas e sujidades, sem diminuir muito a ventilação. Ela precisa ser removida diariamente para realizar a limpeza da ferida.”

As roupinhas são indicadas para cirurgias externas, como tumores de mama e tumores na pele; além de todas cirurgias abdominais – castração, retirada de cálculos vesicais, tumores abdominais, cesarianas, esplenectomia e outras realizadas dentro do abdômen. Apesar de ser indicado tanto para canídeos quanto gatos, a proteção costuma ser mais utilizadas por cães: “A aceitação dos felinos é bem mais difícil e o uso é raro”, adiciona Viapiana.

O Pano de Bicho

Angelis começou a costurar roupinhas para pets há 3 anos, quando sua cachorra Polly, uma Lhasa Apso de 7 anos, teve que passar por algumas cirurgias devido a um cálculo na bexiga. “Eu comprei uma roupa pós-operatória de outro produtor para ela. Observando a falta de produtos para procedimentos diversos, surgiu a vontade de fazer e começar a trabalhar com isso”, conta a empresária curitibana. Hoje, comanda O Pano de Bicho, empresa dedicada a desenvolver e comercializar roupas e acessórios para pets.

As roupas produzidas por Angelis no Pano de Bicho são indicadas para todas as cirurgias abdominais e castração de cachorros e gatos, tanto para machos quanto fêmeas. Os diferenciais são as adaptações desenvolvidas em conversas com veterinários: regulagem, faixa com velcro ajustável e material de qualidade. As numerações vão de 00, que pode ser para animais de pequeno porte como o pinscher, até 15, ideal para os de grande porte como o pastor alemão. “Sempre voltam a me procurar para elogiar a qualidade do produto, que não laceia e não sai do animal com facilidade.”

A roupinha ideal para seu pet / Reprodução: Sarah Guilhermo

Além das roupas pós-cirúrgicas, O Pano de Bicho também produz colares elizabetanos e outros artigos pet. Conheça mais o trabalho da Angelis e entre em contato para fazer sua cotação clicando aqui.

A cachorrinha Polaca, de 12 anos e SRD, fez uma cirurgia de retirada da cadeia mamária e baço e precisou usar uma roupinha pós-cirúrgica. “Foi necessário para não interferir no processo de cicatrização e para que os demais cachorros não lambessem ela”, contou Patrícia Klemba, 33, empresária e tutora de três pets: Polaca, Paçoca e Theodor. “O modelo da roupa ajuda muito na hora de colocar e tirar para fazer a limpeza, além do processo ter sido bem tranquilo”, completa.

Durante o período de pandemia, a empresária conta que evita sair para muitos passeios e dá banho nos pets com mais frequência. “Eles são filhos pra mim, todos foram adotados e não têm raça definida. Eles são um dos melhores momentos do meu dia, cada um com suas características únicas.”

Polaca usando roupinha pós-cirúrgica / Reprodução: Patrícia Klemba

Serviço

O Pano de Bicho
https://www.instagram.com/opanodebicho/
Telefone: (41) 98503-8481

Rede de Proteção Animal de Curitiba
https://protecaoanimal.curitiba.pr.gov.br/
E-mail: [email protected]
Telefone: (41) 3350-9941