Disseminação de notícias falsas pode atrapalhar eleições municipais

por Ex-alunos
Disseminação de notícias falsas pode atrapalhar eleições municipais

Eleitor precisa estar atento à fontes quando procurar informações sobre candidatos

Por Bruna Cominetti e Luiza Ruppel 

Com pouco menos seis meses para as eleições municipais de 2020, cujo primeiro turno está marcado para o dia 4 de outubro, especialistas do cenário político apontam que a maior preocupação é com relação ao volume e a velocidade com que as informações circulam, dificultando o apuramento antes de sua divulgação.   

Apesar das campanhas eleitorais só iniciarem 45 dias antes das eleições, a pré-campanha é um momento muito importante para os candidatos começarem a divulgação de suas intenções com a pretendida candidatura. E é desde agora que o eleitor pode começar a fiscalizar as informações que recebe. 

Em 2018 o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), visando auxiliar o eleitorado brasileiro, desenvolveu uma página que esclarece sobre informações falsas, contando com links de direcionamento à portais de agência de checagem de conteúdo, além de toda uma campanha com vídeos explicativos e acessíveis à população. 

Porém em estudo divulgado pela Organização Avaaz, nas eleições de 2018, cerca de 98% dos eleitores que elegeram o atual presidente receberam ao menos uma notícia falsa durante a campanha, e 89% acreditaram que fosse verídica. 

Para o professor do curso do curso de Filosofia Clodomiro José Bannwart Junior, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o principal desafio dessa nova campanha eleitoral é a necessidade de lidar com o fenômeno das fake news, que é relativamente novo e ainda pouco estudado. “É direito do eleitor ser informado sem a mácula das fake news, assegurando que sua decisão seja qualificada”. 

Aparenta ser a mesma preocupação do TSE, que em maio de 2019 realizou com o apoio da União Europeia, o Seminário Internacional Fake News e Eleições. A intenção era justamente juntar especialistas brasileiros e estrangeiros, e a partir da troca de conhecimentos sobre o assunto, traçar novas estratégias para as eleições municipais de 2020.  

O professor Clodomiro Junior ressalta que como ponto positivo temos o fim das coligações imposto pela Emenda Constitucional nº 97/2017, o que atrela mais o candidato à sigla partidária. Também ressalta que desde 2009 os candidatos devem apresentar junto ao registro de candidatura as propostas que pretendem defender. Dessa forma é possível que o eleitor consiga acompanhar e fiscalizar sua trajetória eleitoral como também política. 

No cenário político curitibano, o atual prefeito Rafael Greca tentará a reeleição, e apesar de contar com uma aprovação de 57% em seu mandato, está numa corrida contra o tempo para cumprir promessas de campanha. 

Além de Greca, que agora concorre pelo partido Democratas (DEM), os possíveis candidatos à prefeito de Curitiba são Gustavo Fruet ( PDT), Ney Leprevost (PSD), Luciano Ducci (PSB), Christiane Yared (PL), Delegado Francischini (PSL), Angelo Vanhoni (PT) e  o ex-governador do estado, Roberto Requião (MDB). 

Como reconhecer as fake News: