Energia solar: cada vez mais presente

por Gisele Passos
Energia solar: cada vez mais presente

Investimento global bate recorde e, no Brasil, cada vez mais residências adotam energia renovável

Por Luiz Felipe Elias

O investimento em energia solar vem crescendo a cada ano no mundo todo, prova disso é que em 2017, bateu recorde ao ter um aumento de 18% em relação a 2016, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). O que representa mais de US$ 160 milhões (dólares) investidos nessa fonte de energia, mais que qualquer outro tipo.

No Brasil, destaca-se o grande crescimento de painéis de energia solar instalados em residências, que teve um aumento de 407% de 2015 para 2016, segundo dados da Agências Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mostrando que aos poucos as pessoas têm aderido essa forma de energia, que é renovável.

De acordo com Marcos Kurata, engenheiro elétrico, o aumento da procura por esse tipo de fonte se deve por alguns fatores principais: barateamento dos painéis, economia e rentabilidade em médio e longo prazo, além da conscientização no consumo sustentável. O primeiro fator, o barateamento do equipamento, acontece, principalmente, porque há cada vez mais empresas entrando nesta área, o que, por consequência, faz com que haja uma queda nos preços por conta da competição de mercado.

Na questão financeira em médio e longo prazo, o engenheiro afirma que: “o investimento é compensado em três anos. E o equipamento tem vida útil de 25 anos, então, podemos dizer que por 22 anos, o consumidor apenas se aproveita dos benefícios”, explica. Outro motivo que pode ser levado em consideração é que, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, patrocinada pelo Departamento de Energia dos Estado Unidos da América (DOE), residências que fazem uso da energia solar têm uma valorização do imóvel que varia entre 3% e 6%. E aproveitando isso, Margit Soares, engenheira civil e designer de interiores, tem buscado implantar em seus projetos a opção de painéis solares para a produção própria de energia. Soares mostra que agora, aos poucos, tem crescido a procura por esse tipo de fonte energética. “As pessoas estão se conscientizando cada vez mais, o que é bom. Além disso pesa a questão financeira, que se colocar na ponta do lápis, vemos que vale muito a pena (a utilização de energia solar)”, afirma.

O outro fator, como já apontado pela engenheira, é a questão da conscientização e do consumo sustentável que, cada vez mais, tem se visto na população como um todo. E a energia solar entra nessa categoria, pois existe uma menor demanda do sistema de fornecimento de recursos naturais, além de não fazer uso de materiais como lâmpadas fluorescentes e de vapores, altamente poluentes, que, durante as manutenções, precisam de descarte adequado que muitas vezes não são realizados. Mais um benefício da escolha pela energia solar, talvez a principal vantagem, é de que ela é renovável e sua fonte é inesgotável, pois depende basicamente apenas do sol, sendo assim, ao contrário de outras alternativas, a preocupação com a escassez de sua fonte (o sol) não é necessária. Além disso, a energia solar é uma fonte limpa de geração de energia, pois não emite gases do efeito estufa.

Mas como nem tudo é perfeito, há uma desvantagem considerável no uso da energia fotovoltaica: a dependência climática. Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação climatérica. Chuva, por exemplo, é algo que atrapalha a produção. Ademais, durante a noite não há produção alguma, o que obriga que tenham meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.

Porém, o que se sabe é que a energia solar, ou qualquer outro tipo de energia renovável coopera com o meio ambiente e tem ganhado cada vez mais espaço em empresas e residências. E a tendência é que ano após ano, registre-se crescimento na utilização.