Interesse de brasileiros em investir aumenta

por Helena Tramujas Sbrissia
Interesse de brasileiros em investir aumenta

São Paulo- SP- Brasil15 05 2018- Fotos de cédulas de dólar e real. Casas de cambios já vedem dolar a 4 reais Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas

Especialistas dão dicas de investimento a curto, médio e longo prazo para quem está começando

Por Flavia Mota e Helena Sbrissia

De acordo com um levantamento do portal Governo do Brasil, o número de pessoas físicas investindo na Bolsa brasileira aumentou neste ano, alcançando número recorde de aproximadamente 653 mil pessoas. A principal causa é a queda nos juros e a menor taxa Selic da história; essa taxa é um sistema computadorizado utilizado pelo governo para que haja um controle na emissão, compra e venda de títulos.

Além disso, o volume nos negócios bateu um recorde de 13,77% em comparação com o fim de 2017, de acordo com a Ibovespa. Segundo o assessor de investimentos de uma empresa privada, Éder Oliveira, o número de pessoas que investe em bancos aqui no Brasil é muito superior aos investimentos privados. “Cerca de 90% dos investidores ainda estão focados nos bancos, através de corretoras nacionais e internacionais. Nos Estados Unidos, que é um mercado muito mais antigo e onde a educação financeira é muito mais presente, apenas 10% da população investe nesse setor público. Acaba sendo uma pirâmide invertida”.

Para o assessor, a informação é contraditória, já que os serviços que batem recorde de reclamação no Procon são justamente os bancos, junto com empresas de telefonia.

“Existe um mito geral de que apenas quem é muito rico pode investir seu dinheiro. Isso não é verdade, já que apenas com R$ 32,50 já é possível ter acesso à investimentos públicos no Governo Federal”, explica Oliveira.

Onde e como investir depende de alguns fatores. O investimento vai ser esporádico ou contínuo? Também depende o momento da vida da pessoa e o motivo pelo qual ela quer investir. Para quem quer investir a curto prazo, o economista Daniel Poit recomenda começar com a poupança, porque tem uma liquidez e tributação baixas e é simples de ser aberta em um banco. “Aqueles que não precisam do dinheiro a curto e médio prazo podem iniciar um bom fundo de investimento em banco, ou um certificado de posse bancária. Aqueles que querem investir a mais longo prazo, três, cinco anos em diante, a melhor opção é o mercado de ações”, complementa.

Para aqueles que já tem investimentos em bancos, Éder Oliveira recomenda a comparação com os setores privados. De acordo com ele, a Ibovespa disponibiliza uma lista com as principais corretoras privadas, que têm o trabalho de aproximar o cliente com o próprio investimento.