ONG DNA Animal busca alternativas para continuar atuando em meio a quarentena

por Ex-alunos
ONG DNA Animal busca alternativas para continuar atuando em meio a quarentena

Durante esse período, a organização tem apostado nas redes sociais para conseguir doações, padrinhos e adotantes para os cães

Por Carla Giovana Tortato

Estima-se que que no Brasil todo haja 370 ONGs de animais, de acordo com o Instituto PET Brasil. Essas organizações fazem o resgate de cachorros e gatos em situação de vulnerabilidade, na maioria das vezes, a partir do trabalho voluntário. Desde o começo da quarentena, devido à pandemia de coronavírus, essas ONGs têm tido dificuldades para manter a rotina habitual de funcionamento e ajudar os cerca de 30 milhões de animais abandonados no país, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A ONG DNA Animal, localizada na Fazenda Rio Grande, cuida atualmente de 156 cães resgatados da rua. Ao todo são oito voluntários dividindo-se entre as tarefas de administração, entrevistas de adoção, cuidados com os cachorros e comunicação da organização. Destes, apenas três são funcionárias assalariadas, pois elas são responsáveis pelos cuidados diários com os cães.

A DNA sobrevive por meio de doações de pessoas que acreditam e defendem as mesmas causas que eles. Karina Alves que cuida da parte administrativa da ONG explica que os recursos obtidos por eles vem 100% das doações, mas não há nenhum auxílio fixo, depende do quanto as pessoas conseguem e se dispõe a ajudar a cada mês.

Por isso, durante o período de quarentena ocorreram algumas alterações na rotina da DNA Animal. O principal impacto foi em relação às feiras de adoção, que estão impossibilitadas de ocorrer enquanto a contaminação pelo Covid-19 ainda estiver alta. Segundo Alves, o fato de as feiras não poderem ser realizadas, acaba, de certa forma, afetando a DNA: “Muitas pessoas acabam entrando em contato e não indo até a ONG, porque muitos são de Curitiba e a ONG é da Fazenda Rio Grande, então prejudica um pouco, porque a maioria das nossas feiras são em Curitiba”.

Alguns cuidados também estão sendo tomados para manter a saúde das funcionárias, como o uso de máscaras e luvas, higienização frequente das mãos e uso de álcool em gel. Os voluntários do setor administrativo da ONG também têm evitado ir até a sede. Além disso, as visitas para conhecer a DNA foram suspensas temporariamente, assim como os mutirões. 

Para realizar as adoções, algumas mudanças também ocorreram. Os adotantes agendam a ida até a ONG via Whatsapp. Com a conversa prévia,  as funcionárias fazem uma pré-seleção dos cachorros que provavelmente se adaptariam à essa nova família e os separam próximo da entrada do local, para evitar a circulação de pessoas por todo o espaço.

CAMPANHA: Aumigo ao Resgate

Para auxiliar as adoções durante esse período, a DNA Animal lançou a campanha “Aumigo ao Resgate” que começou no dia 18 de maio nas redes sociais da organização. Ela visa promover a conscientização através do encorajamento da adoção, voluntariado e apadrinhamento. 

A ação coordenada por uma equipe de alunas de Jornalismo do 5º período da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, apresenta de uma maneira divertida os cães que estão disponíveis para adoção. Personificando cada animal com uma figura de super herói que faça sentido com a sua história, explicada nas legendas.

Matéria produzida pelo núcleo de assessoria de imprensa do curso de Jornalismo da PUC-PR

Agência: Creatività Comunicação.

Equipe: Ana Cláudia Iamaciro, Anna Padilha, Carla Tortato e Gabriela Küster.

Cliente: ONG DNA Animal.