Ginasta curitibana conquista prata no Mundial de Ginástica Artística

por Carolina Senff
Ginasta curitibana conquista prata no Mundial de Ginástica Artística

Seleção Brasileira no pódio do Mundial de Ginástica Artística

Julia Soares atingiu pontuações de 12.200 na trave e 13.600 no solo que ajudou o Brasil a chegar no segundo lugar mais alto do pódio, feito nunca realizado antes pela seleção de ginástica artística.

Por Carolina Senff | Foto:  Ricardo Bufolin/CBG

A Ginasta Curitibana Júlia Soares conquistou uma medalha inédita da Ginástica Artística pelo brasil neste mês. O Mundial de Ginástica Artística aconteceu entre os dias 30 de setembro e 5 de outubro na Antuérpia, Bélgica e teve participação histórica do Brasil. Foram seis medalhas conquistadas pelas ginastas brasileiras.

O segundo lugar geral por equipes foi medalha inédita para o Brasil na modalidade com pontuação de 165.530, e teve participação de Julia Soares, ginasta paranaense que vem ganhando relevância internacional. O campeonato conta como classificação para os Jogos Olímpicos Paris 2024. 

A competição geral por equipes é um rodízio entre os quatro aparelhos, barras assimétricas, trave, salto e solo. São quatro rotações e as ginastas não necessariamente competem em todos os aparelhos, se apresentam três atletas por país em cada aparelho.

Julia Soares competiu na trave e no solo. No dia da final a atleta atingiu pontuações de 12.200 na trave e 13.600 no solo que ajudou o Brasil a chegar no segundo lugar mais alto do pódio, feito nunca realizado antes pela seleção de ginástica artística. O primeiro lugar ficou com os Estados Unidos e o terceiro com a França. 

A ginasta paranaense Julia Soares, é nascida em Curitiba e com apenas 18 anos representou o País em uma das competições mais importantes da modalidade o Campeonato Mundial de Ginástica Artística, que acontece anualmente. A atleta cresceu próximo ao município de Colombo e começou a praticar ginástica aos quatro anos, inspirada por sua irmã mais velha Giovanna Soares.

Julia teve Daniele Hypólito, ginasta brasileira, como modelo a ser seguido dentro do esporte. Representou o Brasil em competições internacionais desde categorias juvenis e agora chega ao Sênior ao lado de ginastas de grande nome. 

Julia Soares treina no Centro de Excelência de Ginástica do Paraná (Cegin) e tem apoio do Programa de Incentivo ao Esporte da Prefeitura de Curitiba. Julia já tem importantes conquistas na carreira como nos Campeonatos Pan-Americanos de Ginástica de 2021 e 2022, com medalha de ouro por equipes e em 2021 bronze na trave. Soares executou uma entrada de trave em vela com meia pirueta, elemento que entrou para o Código de Pontuação com seu nome, por ter sido a primeira ginasta a performá-lo em uma competição internacional da Federação Internacional de Ginástica (FIG).  Nos Jogos Sul-Americanos de 2022, realizados no Paraguai, a ginasta conquistou o lugar mais alto do pódio por equipes e individual geral, também chegou as finais de trave e solo.

Julia Soares no Mundial de Ginástica Artística

Carolyne Pedro 

Carolyne Pedro no Mundial de Ginástica Artística. Foto do instagram de Carolyne Pedro

Carolyne Pedro é outra ginasta paranaense que vem recebendo destaque internacional e assumiu a função de ginasta reserva da seleção brasileira no Campeonato Mundial de Ginástica. Essa foi a primeira vez que a atleta subiu no pódio de uma grande competição da ginástica. Carolyne Pedro também é atleta do Cegin e sua treinadora é a ucraniana Iryna Yashenko. 

Brasil no Mundial 

Rebeca Andrade foi destaque do Campeonato Mundial ao conquistar o Bicampeonato na prova de salto, Prata no Solo, bronze na trave e prata no individual geral, ficando atrás apenas de Simone Biles, ginasta americana considerada lenda do esporte. Rebeca ganhou muita visibilidade após conquistar medalhas nas Olimpiadas de Tokio 2020. Rebeca estará junto a seleção brasileira no próximo ano competindo nos Jogos Olímpicos Paris 2024. 

Flávia Saraiva foi outro nome de peso do time brasileiro. A ginasta que já possui um histórico de lesões, passou por uma cirurgia no tornozelo em novembro do ano passado e após um intenso processo de reabilitação conquistou o bronze no solo, na Antuérpia. A atleta é um dos principais nomes da ginastica brasileira e agora se prepara para mais um ciclo olímpico.

Jade Barbosa, de 32 anos, é a ginasta mais velha da seleção e colaborou para o segundo lugar em equipes do Brasil competindo no aparelho salto. A ginasta subiu ao pódio do mundial depois de 13 anos, conquistando sua terceira medalha na competição. 

A ginasta carioca Lorrane Oliveira representou o Brasil nas barras assimétricas na etapa por equipe ao lado de Rebeca e Flávia. Ela conquistou uma pontuação de 13.166, e com o time brasileiro conquistou sua primeira medalha em um Campeonato Mundial.

Rebeca Andrade e Flávia Saraiva em dobradinha brasileira no solo