Suspeito de participar de ataques antidemocráticos em Brasília é preso em Curitiba

por Júlia Araújo
Suspeito de participar de ataques antidemocráticos em Brasília é preso em Curitiba

Prisão preventiva foi decretada pelo STF por suspeita de envolvimento em atentados que tinham o objetivo de impedir a posse do presidente Lula.

Por Júlia Araújo | Foto: Agência Brasil

Um dos suspeitos de envolvimento nos atos golpistas ocorridos em Brasília entre o final do ano passado e o começo de 2023 foi preso no Paraná nesta quarta-feira (20). Natural do Pará, o operador de máquinas Helielton dos Santos, de 32 anos, estava foragido da Justiça desde que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, expediu um mandado de prisão preventiva contra ele. O suspeito foi encontrado pela Polícia Civil em Curitiba.

Segundo a determinação do ministro, Santos é considerado suspeito de envolvimento em ações contrárias à democracia, com o intuito de impedir a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo e o pleno funcionamento das instituições. Ele teria sido visto próximo à sede da Polícia Federal no dia 12 de dezembro de 2022, quando aparentemente estava portando e lançando um objeto semelhante a uma barra de ferro. O STF determinou a prisão de Santos em julho.

Durante as manifestações que ocorreram no quartel-general do Exército, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro danificaram carros e ônibus, além de tentarem entrar à força no prédio da Polícia Federal. Esses atos de vandalismo foram desencadeados pela detenção de José Acácio Serere Xavante, um indígena de 42 anos, que participava dos protestos que defendiam ações antidemocráticas.

Ao todo, 11 pessoas, entre elas Helielton dos Santos, foram identificadas e tiveram suas prisões decretadas.  Eles estão relacionados na investigação sobre os atos de terrorismo e foram alvos da Operação Nero, iniciada em 29 de dezembro. Em uma entrevista ao portal Banda B, Santos afirmou que esteve em Brasília no dia 12 de dezembro do ano passado, admitiu sua participação em manifestações, mas negou qualquer envolvimento com atos de vandalismo na capital federal.