Lotação de leitos em UPAs e hospitais demanda atenção com crianças

por Bruno Coelho
Lotação de leitos em UPAs e hospitais demanda atenção com crianças

Informações da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba indicam que casos respiratórios, traumas, crises hipertensivas, de glicemia e suspeita de dengue são os principais responsáveis pelo aumento da demanda

Por Ana Vitória Leal, Bruno Coelho e Letícia Coelho | Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O início do outono curitibano vem sendo marcado por problemas na rede pública de saúde da cidade. Segundo informações da Secretaria Municipal da Saúde, no último domingo (31), leitos de enfermaria e UTI’s públicos registraram altas taxas de ocupação. Foi o caso também dos hospitais Cajuru e Evangélico. 

Atualmente a cidade de Curitiba conta com 2.824 leitos hospitalares. As UPAs são de pronto atendimento para casos de urgência e emergência. Existe um aumento de demanda e pressão no sistema de saúde causados pelos atendimentos de casos respiratórios, traumas, crises hipertensivas e de glicemia, assim como de suspeita de dengue. 

Nesta semana, segundo a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (SMS), 2.255 pacientes chegaram a ser registrados em internações na rede pública de saúde. Outros registros de aumento de movimento no sistema acontecem em momentos de virada da estação, pós-feriado ou em casos mais específicos, como na pandemia. 

Diante desse quadro de pressão sobre o sistema de saúde, especialistas recomendam que a atenção com as crianças seja reforçada. Ainda segundo dados da SMS, 18% dos pacientes internados nesta semana era crianças (415 do total). A médica pediatra da rede pública de Curitiba Lúcia Tonon afirma que as crianças são mais suscetíveis a contraírem doenças por causa de seu sistema imunológico mais fraco. Infecções por bactérias multirresistentes, comuns em UTIs lotadas, doenças de transmissão respiratória e infecções relacionadas à higiene das mãos, como infecções intestinais e hepatite A estão entre as doenças mais comuns nas crianças. 

A mudança de estação para o outono e a tendência de quedas de temperatura é outro fator preocupante. A aglomeração de crianças em espaços mais confinados, com menor ventilação, propicia o surgimento de um maior número de casos de doenças de transmissão respiratória (resfriados, gripe pelo vírus influenza, COVID, pneumonias, bronquiolite, varicela, meningite, caxumba, difteria, coqueluche e mononucleose).

A Prefeitura Municipal de Curitiba recomenda a imunização de crianças e demais grupos de risco. A campanha ImunizaJáCuritiba promove a vacinação da população curitibana. Clique aqui para conferir mais informações e o local de vacinação mais próximo de você.